jeudi 3 décembre 2009

esse tal de cérebro



eu sou o que meu lado esquerdo do cérebro tagarela que sou...
me farto de hojes pelo lado direito, enquanto a emoção do left side só aproveita disso pequenos pedaços que se encaixem num monte de passado e futuro, que são apenas modelos conjeturados? Ou melhor, acomodados!?!

então eu depreendo as coisas, como que preenchendo lacunas e depois disso, BAM! there is no space?!
we run out of ice, or memory in this tiny little chip!?

E a partir das primeiras percepções tudo se faz num magnífico processo de cut and copy, claro.

Tão óbvio quanto só sei que nada sei.

Cercado nessa zona de conforto absoluto, onde JURAVA, até horas atrás q eu continuava uma criança de olhos virgens, percepções abrangentes, me descobri fadado as boas insurpresas, tão presentes nesse tempo morninho que passo me resvalando do que já conheço, adoro, adoto e identifico dentro de um modelo pré-criado como representação do meu real!?!

então o mundo é uma grande representação. e esta, por sua vez é uma cruza de codificações de impulsos elétricos e vontades de um lado do cérebro mais falante do que seu único vizinho responsável por criaturas coloridas, tridimensionais, familiares e que nem sempre estão realmente ali para os outros sentidos!?
Ok, acho que começo a entender.
Então esse tal de córtex é responsável pelo sucesso do capitalismo, da moda, do moldes e modelos de gente feia e bonita que vemos por aí.
O atrativo está na cabeça, é isso!? Mas não necessariamente é tudo da mente, mas do cérebro, certo?
Bom, se sonho com imagens e textos, eu, de olhos fechados, mantenho uma Berlin pré-muro onde ambas as partes se comunicam!? Como num churrasco adolescente!? Onde homens levam a imagem e mulheres o texto!? O que aconteceria se um hemisfério não aparecesse lá com a carne e a bebida, e o outro resolvesse não levar comida e sobremesas?! Sonhar é manter essa festa acontecendo, exatamente como quando estamos acordados, tirando, óbvio, toda participação super atuante dos outros sentidos. Aliás, que outros né?! Nesse caso todos estão excluídos da festa.
A coisa acontece ali em cima, NO-Southern-Allowed! O que o resto do corpo faz, é a reação pela vontade enorme de participar dessa ode ao funcionamento auto-suficiente do sr. brain.
Ou seria polianismo pensar nisso, descartando o fato de que, talvez, o córtex jamais seria capaz de produzir imagens sozinho, sans jamais connaître les premières impulsions magnétiques des rétines?
Quem veio primeiro?
Os cegos natos imaginam cenas?
Existe esquizofrenia em cegos!? Pelos primeiros resultados do google, aparentemente não há relatos de cegos esquizofrênicos.
Logo, penso que 1: só vê espíritos quem, à princípio, acredita nesse modelo e adotada como possível a existência IMAGÉTICA de seres desprovidos de matéria física!?
2: quem não vê nada, nem nunca viu, não é capaz de imaginar figurativamente, ou de crer em adições criadas pelo córtex visual de imagens que não estão presentes no real mas que se encaixam no modelo, mesmo quando acordado?
3: essa consciência visual, aliada ao baú de modelos e pensamentos textuais d`outro lado dos miolos, e que nos rege a vida, seria desnecessária uma vez que cegos são capazes de viver dentro de modelos criados por uma descrição texto+tato tão carente de fótons.
4: é o cérebro o mais ávido e refinado leitor de braile, ou pequenas descargas elétricas em milhões de páginas de células foto-sensíveis espalhadas pelas grandes telas das retinas?

E por último, na falta desses impulsos enviados por cones e bastonetes, como seria o modelo criado por essa mágica massa cinzenta, que nos preenche o crânio, através dos impulsos elétricos vindos dos outros canais sensitivos?
Dá pra imaginar uma vida sem cor? Sem luz? Sem sombra!? Sem consciência desses limites visuais?!

Lembrei-me agora que antes do parto, era a escuridão. (não lembro disso)
Antes dos primeiros anos e passos, tudo não passava de uma mancha plana e multicolorida. (não lembro disso)
E antes das primeiras aulas do Charles, tudo era racional, compreensível e pouco dubitável. (não há como parar de pensar nisso!)

a estrada é grande, o caminho escuro e os recursos... nem um pouco escassos.
Depois darei uma boa investigada em Richard Dawkins e em sua tão amada etologia.

e no meio desse tiroteio, ainda há espaço para desconhecidos modelos tão usados por específicos interessados.
Enquanto houver interesse e curiosidade, os modelos não serão acomodados e nem estarão despreparados pr`uma radical mudança.

Assim eu espero.

vendredi 20 novembre 2009

foto|espelho



quando entro em crise, tiro 1200 fotos minhas e do meu quarto ou casa, do que me cerca. Depois elejo as melhores e guardo o resto.
adoro espelho, mas ele cria uma imagem que não existe.
o reflexo é invertido.
às vezes preciso me enxergar como se fosse outra pessoa.
tête à tête.





jeudi 22 octobre 2009

FODA



Brincando de edição com Radiohead. Criação mais foda da web, tinha que ser de japonês. =)

samedi 29 août 2009

adoro fotos felizes de pessoas vazias.
entendam por vazias as pessoas cuja história desconheço.
são vazias para mim, felizes para a foto.

adoro fotos vazias de pessoas e felizes pelo lugar, que nunca é vazio.
ou às vezes é tão cheio de propriedades que quase se torna vazio.
tamanhas são suas possibilidades de locação.

adoro fotos.
adoro pessoas.
adoro lugares.

pena que as fotos ñ ganham os movimentos dos vídeos,
pena que vídeos não são work in progress como a vida.
felizes das pessoas que congelam etapas de um processo,
em vez de prender o processo no desgelo lento da memória.
felizes dos lugares que comportam tais pessoas.
ou não.

todo ser é um processo.
como tal deveria recusar-se à repetição exaustiva sem fundamento no prazer da realização.
todo lar comportador desse processo de ser, deve também poder acompanhar tais movimentos.
somente à revelia da própria vontade, é que o ser desprende-se do prazer enquanto motivo central da pertinácia que nos permitiria a recusa da repetição. a morte da descoberta. a reverência do acaso esporádico e programado enquanto sonho vespertino num amontoado de gente que age como submersos(num sistema) aguardando um segundo de respiro à superfície.
como se o acaso figurasse igual em dois filmes de metragem mto distintas.

pq sempre "no fim da avenida, existe uma chance, uma sorte, uma nova saída".
como brilhantemente cantou rita.




"eu não tenho nada pra dizer, por isso digo...
eu não tenho hora pra morrer, por isso sonho."

mardi 11 août 2009

aventureiro

Sua vida é norteada pela emoção. Você parece ser do tipo que gosta de praticar esportes, de viajar, de viver experiências sempre 'lá fora'. Por isso, não costuma ficar preso a lugares - o que inclui seu quarto. Apesar disso, é nele onde guarda as recordações dessas 'experiências'.


Foi o que disse o teste do site: http://istoe.terra.com.br/istoedinamica/testesenquetes/testequarto/quarto.swf

jeudi 6 août 2009

hoje.

perdi a hora,
perdi a reunião.
vi 6 exposições,
comi delícias,
joguei na mega sena,
quebrei meu mouse e...





acertei na mega sena! o último dos números.
seus algarismos somam 11 unidades.
isso foi só a primeira bolinha de uma série de mil tacadas para mil copinhos plásticos.

também viajei, boiei e me perdi e me achei num monte de palavras mal pronunciadas acerca de evolução, genética, inutilidade e criatividade.
foi bom, mas poderia ter sido + curto.

ainda subi minha íngreme rua pensando sobre a comunicação, de massa?, para massa?, setorizada em notícias, caixas falantes, aparelhos frios de última geração que ao longo desse século nos calaram diante dos desconhecidos contares de causos que nos transitam as células fotossensíveis do globo ocular mil vezes ao segundo, mil segundos por dia.

pensei durante a viagem de 996 de volta pra casa em surtar, levantar no meio do ônibus em movimento e me oferecer para ouvir e contar histórias.
Estava precisando de diálogo, de ouvidos, de contato. Irônico como mais tarde, ao descer do ônibus e entrar numa farmácia para fugir de um assalto, saí de lá com um pacote de cotonete.
Acho que o mundo anda precisando muito desse artefato, pra ver se desentope as idéias.

Fiz tudo isso em alternância com as piores dores, pontadas e otras cositas más de cabeça que já senti na vida.
Será esse inferno compressor de crânios, um princípio de enxaqueca?
toMari que non.

lundi 20 juillet 2009

feliz...

nice to meet u.


(o eu que me olha sem memória)

difícil entender como consegui me distanciar de mim mesmo e de tudo aquilo que me dava prazer e fomentava a contemplação.
é complicado desenhar o tempo, definir o dia, reconhecer o momento exato da ruptura entre o alegre caçador de boas referências, antenado aos acontecimentos que regiam as orquestras dos queridos a sua volta, e o preguiçoso e apático carrossel que vez por outra encontra-se animado o suficiente para acender uma lâmpada incandescente por 30', e nas horas cheias perambula numa vaga insatisfação com o mundo, com o brilho chulo das coisas, com morbidez esparramada dos dias, com a mesquinharia sorridente dos desconhecidos e brancos reluzentes num céu com cara de ontem, com a rapidez solúvel com que se constroem informações banalizadas, difundidas e abusadas como uma bunda baiana, ou uma puta global que faz rir num sofá de entrevistas num sábado a noite de 80 e poucos, ou a qualquer minuto no mesmo sofá em monitor por todo tubo difusor que atende por seu e obedece aos seus cliques.

o desinteresse é multiplicador de insatisfações.
secaram os estímulos, ou fecharam as torneiras d`onde jorravam meus amores por esse mundo e suas sensações indevassáveis por outras mentes, uma vez processadas pela minha.

meu amor já não é meu. assim me pediu por contrato: desmisture nossa vida, e que sejamos bons caldos de temperos divorciados e paixões impunemente delimitadas pelo meu crivo e consciência. nunca entendi o pedido, nunca retorqui o contrato. calei-me e recolhi meus cacos ao pé de um ouvido já nada obsequioso a minha voz. me escondi atrás de um espelho a minha imagem e semelhança. Pintei o desvio do olhar no meu auto-retrato, virei a esquina e teci uma infinidade de sorrisos providenciais aos futuros encontros de nossas próximas décadas. ensaiei meia dúzia de caras apáticas que escondessem a mutilação cruel que ele acionou com as simples palavras que impuseram nossa divisão.
lá se foram os futuros siameses, enterraram as memórias que viriam, afundaram meus planos dípticos e queimaram minha possibilidade dos dias em conjugação antecipada. (e o plural aqui não era mais dele e meu. meus múltiplos assumiram o comando a fim de organizar os destroços de um furacão que devastou toda estratégia de uma vida amorosa já roteirizada, cujo único processo faltante era o de filmagem, ao passo que até a pós produção já se encontrava finalizada.)
e assim morri pela primeira vez em vida.

afinal, é o amor mal vivido pior ou melhor que o amor não declarado?

dizem ser louco o amor.
digo ser louco o amado, sendo o amante, em toda circunstância e contexto, o são da história.
ao passo que sempre haverá no amor a estranha equação de dois amantes que se julgam sãos amando loucos amados, onde sequer a regra de três seria capaz de solucionar tal realismo e fatalismo cruzado destas malditas avarias da razão emocionada.
feliz da dupla que compartilha os segredos de travesseiro.
leves são aqueles que jogam aos céus de um quarto escuro, toda e qualquer culpa das atribuições malfeitas a respeito do sanatório que dorme ao lado.
o diálogo mais libertário é aquele que acontece nos momentos de loucura e humildade. Sublinhada aqui, a humilde alma que não carece de economias, mas deve gozar do ensejo para despertar seus sopranos, barítonos e tenores da arte do discurso e da eloquência.


perdi meu amor por mim enquanto amante.
perdi os encantos dos delírios de um futuro secreto.
perdi meu dicionário, minha vontade de expressar palavras entre pontos, dançantes por vírgulas, cravejadas de acentos e intentos surrealistas.
fugi do palco, desviei dos refletores, esqueci o texto e caí na penumbra de um lapso.
nesse momento encontrei-me defronte uma branca parede com um pequeno espelho emoldurado.
nesse momento pareço me enxergar de novo. gosto da sensação, mas desconfio da incerteza de sua longevidade.
o tempo não nos diz o que virá. ele não é retilíneo, horizontal e inalcançavel. ele é vertical e sobreposto em camadas concomitantes. ele nos mostra o que sempre esteve ali, mas não tínhamos a sensibilidade afinada e exigida para ver e interagir.
talvez por isso tenha sido difícil acreditar que o que me parecia palpável e sensível para um futuro previsto em sonhos conectores com os paralelos verticais, eram apenas ideais e ideias da minha imaginação. talvez por isso seja difícil me olhar hoje num espelho branco de um emoldurado dia e me reconhecer sem essa pilha de felizes dias imaginários.
isso não quer dizer que não seja bom me rever, mesmo com uma pilha torta de tempos sobrepostos.
é bom me rever, e será novo me redescobrir. me reconhecer.
nice to meet u, bints.

que nos encontremos no reino de nosso tempo futuro, em qualquer andar dessa pilha louca de ações e dias.
até lá e volte sempre.

lundi 13 juillet 2009

jeudi 9 juillet 2009

marcando presença.



não postar aqui não invalida ou diminui meus davaneios.

a expressão oral e escrita tem sido pouca, proporcionalmente inversa a confusão mental.

byebye

mardi 9 juin 2009

Uma terça d`outros tempos..

às vezes me espanto qdo reviro meus baús digitais

http://desenfreadosdevaneiosdesmedidos.blogspot.com/2007/06/s-por-alguns-instantes.html

Parece que sofro de alzheimer já. Me esqueço do que um dia fui e fiz. =/

Será a falta de tv no quarto? hahaha

Meus dias diminuíram? Minha vida parece MTO MENOR que um dia já aparentou? OU minha memória está se perdendo pelo caminho??

Não envelhecem aqueles que se recusam a acumular dias?

Tô precisando pagar pra ver, pra valer. Viver pagando diária. Quanto custou a hospedagem do dia de ontem na sua memória? Bons momentos? 50gb? algumas coisas inacabados? Um sol lindo, risadas e pizzas? Tédio e paredes? Poeira e enrolação? A gente não vive... registra estímulos na memória e atribui a eles fagulhas de importância que queimam no instante do registro deixando marcas chamuscadas pra todo sempre, ou enquanto durar a lembrança. Cuidado com qtos fósforos acende suas fagulhas, os danos podem ser irreversíveis. Cuidado com a força que impõe a ponta do lápis, o papel pode rasgar e não há borracha que disfarce ou desmanche isso. ;)

Vista seus óculos de saudades, seu nariz de palhaço e sua boca de sorriso e dê uma boa olhada pro céu. Há quem cai de lá e há quem sonha em um dia voar em direção a ele.

Acorde e dê bom dia a você mesmo no espelho. Saúde seu corpo e reconheça sua cara, meus caros.

BOM DIA E BOA TERÇA!

[esse texto foi escrito como e-mail de bom dia aos fanfas e acabou aqui. Gostei dele e do que senti enquanto o escrevia. Aliás é por isso que ainda escrevo aqui, pq adoro tudo que sinto enquanto digito as palavras e amo + ainda quando anos depois redescubro os registros e vasculhos os sentimentos de cada época. É como encontrar as peças dos cantinhos de um quebra-cabeça que vive desmontando.]


mercredi 3 juin 2009

em que direção?



em que direção vão todos que respondem um simples, tudo bem? com um pronto, tô indo, tudo indo, ou vamos indo, né? Não sei qual deles é o mais encerra papo.

Pois hoje resolvi responder uma expressão dessas com uma análise rápida baseada na vontade que sinto de abusá-las.

Disse assim: "engraçado como o tudo indo impõe uma sensação de desconforto e ansiedade por melhoras."

Afirmei sem procurar condescendência do outro, e mudei logo pro trivial, (que frio da porra, né?), afim de não afundar a conversa logo de cara. Que à propósito, era virtual como a maioria dos diálogos atuais.

Ousei transcrever essa petite análise em razão do assombro que suas entrelinhas tem me causado. Venho sofrendo de ansiedade e desconforto, provenientes de uma longa espera por melhoras.
Não que a coisa esteja ruim num todo, mas uma parte tem estado preta. E quem dera que esse preto adjetivado estivesse relacionado à grana no bom sentido. Como em...queria uma grana preta, mas é a situação de grana que tá preta. O mesmo adjetivando prum sujeito diferente.

A falta de grana pode ter suas mil causas ou faltas de atitudes, mas falo de caso em que se trabalha. (por nada e por um nada de tempo determinado porém não divulgado.)
Falo de quando a burocracia lhe rouba os meses,
o tempo,
as possibilidades, e
quase a visibilidade de um amanhã qualquer.

Trata-se de poder ou não poder. tudo depende do lado que se olha, ou se vive.

Posso cumprir obrigações, mas me tolhem o querer que viriam com elas.
Cumpro e quero por isso, mas não posso e, putz, que merda que é!

Uma burocracia que te rouba na cara dura, te ata às mãos, os pés e ainda lhe tira os centavos do bolso.

A buracracia é um mal que não se encerra em si mesmo. É um mal que requer investimento de suas vítimas, o que é pior.
Os burocrátas te torturam e recebem pra isso, e você, um burocralizado impotente ante aos caminhos labirintizados que se impõe à sua frente, não vê a saída e ainda paga a entrada e as viradas de cada esquina. Viver em sociedade custa caro. Vc acorda e já gastou 20r$. Pisca e lá se vão outros dinheiros escorrendo pelo vaso, descendo pela descarga, entrando no seu estômago ou sendo arremessados por você na lata de lixo + próxima.

Esse labirinto é geométrico porque não é natural e, assim como a burocracia, é criação dos destruidores e catalogadores do orgânico. As relações humanas, suas necessidades e convergências partem de pedaços organicistas para perderem-se num todo geometrizado, "racional".

Se a razão fosse retilínea, nossas sinapses seriam linhas retas quebradas em ângulos meticulosos e seus cruzamentos obedeceriam à lógica de um compasso chato e previsível.
MAS NÃO SOMOS ASSIM!
PORÉM....
CORREMOS, ou ESCORREMOS EM ESTEIRAS GEOMÉTRICAS!

Nada gira, pq girar é orgânico, tudo segue um curso reto, um cálculo e uma exatidão castradora.
E ainda assim há quem se plante nesse vale dos milimetrados.

Engraçado partir de um Tudo bem, pruma imagem regrada de como nosso mundo tem sido visto por mim.

Quando começei a escrever esse texto, pensei que iria linearmente do desconforto financeiro para crise e depois seguiria em linha reta pra personificação dos imensuráveis.
Mas me perdi pelo caminho, ou me achei nas tortuosidades que o assunto proporcionava.
Poderia dar outra volta comparando o que escrevi com minha recente prática do design com grid. Logo eu, que sempre confiei nas proporções orgânicas e intuitivas das coisas. Pois é, mas isso é um paradoxo pra outra análise.

Essa seguiu um curso surpresa que me levou agora a pensar nos gastos da vida e em como as lógicas dos videogames nos adestram pra habitar a sociedade em que nascemos.

O paralelo é, tal qual no video game, quanto mais se age, mais se perde. Os personagens correm atrás de moedas, fogem de perigos, lutam contra inimigos e com isso perdem suas conquistas, perdem fôlego, "vida", moedas, e outros objetos angariados pelo caminho. Ou seja, ao existir, perde-se continuamente e pouco a pouco o que se tem, mas é preciso agir para repôr a perda.
Somos baterias em constante descarregamento, necessitamos de recargas pra continuar.
Isso eu já sabia, só nunca tinha percebido que o videogame tinha participado dessa educação viciosa.
Mas em contrapartida os mesmos jogos adestravam ao vício frustrante da rapidez de consumo dos estoques e da inexistência de vida, ou ação após o fim deles. Você correu, gastou, não recebeu e GAME OVER! Essa é a matemática da falha.
Alguns desavisados podem correr em defesa dos games dizendo que a tela preta do FIM induzia ao recomeço. Até aqui não discordo, mas analise os próximos dois minutos dessa retomada. Mesmo caminho, mesmo personagem, mesmas ações e mesmo fim. E lá vamos nós de novo...
Repetir o calculado pra ser difícil, o calculado pra dar errado, o calculado pra ser repetitivo, o arquitetado pra te diminuir e inserir nas massas da limitação.
Os poucos que conseguem discarrilar desse mal, caem na tentação de desvendar e desbancar a máquina e o programador, buscam dribles e falhas no sistema pra alcançar a superioridade... e tornam-se... programadores, com sede de dominação dos inalterados e limitados jogadores.
Tudo isso seria romântico e bonito se na vida real o recomeço fosse fácil como a seleção via joystick de uma opção piscante num fundo colorido com sinais sonoros torturosamente compassados e em infinito loop.

Num corpo que responde à sinapses orgânicas e embaralhadas o recomeço deve ser uma autoproposta baseada em interesse, curiosidade e fascínio.

O todo que desconhecemos, é composto por loucuras mto além do escalonàvel e arquitetável... proponha-se a descobrir algumas dessas partes. Sinta-se interagindo com elas.
Há mais além de uma esquina em 90º, há mais por trás de uma planta baixa, de uma régua T e de uma burocracia mal planejada.
Se eu desacreditar disso, não vale a pena ser alguém. Aí só vale a pena ser máquina ou desafiá-la tornando-me um designador de mesmices.

E tudo que venho buscando é a surpresa e o inesperado.

um nó em mim se afrouxou agora. Pena que tenha rendido uma leitura tão nodosa pra vocês. Mas joguei pra longe a linearidade e passeei pelo tortuoso, ou incompleto e sempre rodopiante caminho dos ventos.
até a próxima.

mercredi 27 mai 2009

eme e ene

Podem ser duas medidas tipográficas pros entendidos de design gráfico, mas hoje e aqui neste texto essas duas letras vizinhas diferem duas palavras que me assombram.

mimado e minado.

Eis o que estou ou como me sinto.
O que há abaixo da linha de perigo?
Para um dublê ou acrobata circense, alguma rede ou material de proteção, que garantem a ou alguma integridade física após o risco.
Para mim, há o suporte dos meus pais, família e amigos.
Normal, certo?

Sim, não há questionamentos sobre a falta de normalidade na atitude alheia por aqui.
Mas confesso que há anomalias no meu comportamento ante o risco.
Começo confessando que sabendo do conforto que me espera após um precipício, tudo se torna alto e arriscado o suficiente para justificar um pulo. Traduzindo em miúdos, uma pequena dificuldade como, saltar uma poça de água, torna-se colossal como, atravessar um oceano.
Não sei de onde surgiu esse comportamento, mas desconfio que me condicionei a ele, após ter algumas pequenezas afagadas e resolvidas pelos outros em momentos de formação e infância.
Ou seja, constata-se que o mimo é busca constante no meu google da vida. Porém, frente ao que vem acontecendo e que foi expelido no último post, troquei o m pelo n.
E o mimado, tornou-se miNado. Ou, vítima de suas próprias artimanhas.

Sim, eis como me encontro, ou penso que me encontro, afinal de contas tudo que vivo é o que penso que vivo pq penso que é o que penso ser. Nodoso? Pois é assim que me amputo certezas.
Dentro de mim correm sinapses incontroláveis que fogem ao meu entendimento.
Elas, assim personificadas, me fazem pensar demais e deliberar de menos.

Seja marginal, seja herói, seja criativo, seja maluco, seja criterioso, seja você e seja tudo no meio do tudoémuito,caralho,éummuitopracacetemesmo,eéaomesmotempoagora.

Seja curioso, mas fuja do campo minado que é o que você delibera sobre pensar ser o que se acha ser. Como?
Ainda não sei, mas a proposta é descobrir um meio de reduzir as minas e aumentar as vontades de viver.

As minas são os medos que levam à descrença na qualificação enquanto ser humano para realizar determinado ato. Se isso existe? Claro que sim.
O medo de não dar tempo, é o que mais me aflige e o que me faz pular almoços, jantar fatias de queijo e me desligar do mundo só por um segundo*(aham...) navegando pelo reader ou dormindo mais 5 (cof cof, horas?) minutinhos, que eu jurooooo, nunca saem mais baratos que 1 hora.

O medo do dia não ser proveitoso, a mina do não conseguirei, me faz não querer nem tentar e se mexeu no meu querer, é pq essa mina já foi pisada há mto tempo.
Amputar a vontade por antecipação de resultado é super estimar a expectativa encarando-a como final imutável do roteiro.
É como olhar prum céu claro e parcialmente ensolarado, prever chuva pro fim do dia e decidir não sair de casa por conta dessa futura tempestade que ainda nem se anunciou.

Ouvi outro dia, qualquer dia, que QUEM QUER FAZ E QUEM NÃO QUER INVENTA DESCULPAS!
Preguei isso em papel amarelo com uma letra ridícula numa parede do banheiro, ao lado da pia e do espelho e de frente pro box e pro espelho do box.
E confesso que isso me rendeu um efeito colateral que não imaginava...
Comecei encarando isso todo banho e me revigorando mas, agora, evito banhos e idas ao banheiro e antes mesmo de avaliar o fazer, o medo me vem com o não querer atachado em cima daquilo QUE EU TERIA MÓ PRAZER DE FAZER!

Dá pra sacar a besteira?
Pois é, eu tô sacando melhor agora, que tá escrita no monitor a minha frente!
Evitar banho? Tá louco? Nãoooo, fiquei mesmo maluco com essa constatação que é verdade.
Tenho me banhado somente com um propósito, ou melhor, dois. O primeiro é sair de casa. Quando saio, antes me banho. E o segundo é erradicar inhaca. Se passo dias sem sair, pq tecnicamente não tenho rotina e meu trabalho é em casa (cercado de milhões de desculpas para suas falhas), quando me enfurno acumulo por uns dois, não mais que isso, dias a falta de um bom banho.

Cheguei ao ponto da mina que eu não pretendia chegar.
Expus aos meus olhos e ao meu entendimento, coisas que eu tava me desculpando pra não ver.
Pequenas para a humanidade, mas enormes pra mim.
Acho que por hoje chega de mimos e minas. Parece que já escrevi problemas traduzidos em soluções, né? Engraçado como o pensamento antes de ser escrito não vem com bula.
Sintetizar num texto, ou verbalizar prum terapeuta, aflições e problemas podem revelar soluções embutidas no cerne da coisa. É como aqueles cds de instalação que possuem cracks e keygens escondidos entre os arquivos. A diferença é que o terapeuta pode conduzir as soluções e os problemas como quem, dominando a técnica, despenteia uma rede embolada de pesca e esses textos no blog só me mostram onde estão os nós da rede. Agora me falta paciência, mais reflexão e ação para despenteá-los.

Hasta la prox visita!
Espero que com menos minas.

lundi 4 mai 2009

magote

ando precisado de coletividade.
duplas me animam. e como! se presenciais, melhor ainda.
mas mesmo assim me faltam vozes aos ouvidos e objetivos compartilhados.
não exercitar esse espírito coletivo mata pouco a pouco a vontade de se dedicar a solidão.
estar só é o gozo dos ocupados sempre acompanhados e a tortura dos unitários inertes.
um barquinho de papel dobrado nas mãos do seu autor é a hipérbole do encerrado em si enquanto um barquinho de papel lançado à corrente de qualquer água de torneira, valsando aos braços do vento deixa de ser final e passa a ser processo.
e é desse processo que sofro a falta.
me cansa os múltiplos envolvimentos parcos e ralos que me arremessam de volta à unidade orquestrada pelo cérebro que compõe ao teclado e mouse a melodia de um dia cheio de paredes e sem faces.
como diz o slogan da t-mobile que ecoa em vídeos internet afora com suas campanhas flash-mobs: Life`s for sharing. E isso brilha claro às minhas retinas também no filme Albergue español que reassisti hj.
quero compartilhar idéias, projetos e vontades, sim! faço isso já.
mas quero compartilhar presença junto.
sou um brasileiro bi-combustível como a tal primeira moto. comida e companhia me movem, me põe em movimento... e não sei onde tenho falhado na aquisição do segundo.
visitas de travesseiro, daquelas em que nos jogamos junto ao papo nas camas arrumadinhas dos amigos de longa data num momento de espera pré-noitada, ou volta do cinema, ou tarde entediante com brigadeiro e revisita de conceitos tem deixado uma lacuna enorme nas memórias q eu gostaria de estar registrando. é paradoxal voltar a viver no local onde cresci tendo tão pouco contato com os amigos de infância. estando tão longe dos amigos mais caros e me sentindo tão desconfortável com a amizade que mais amei. as águas passam e deixam vestígios e isso me incomoda, não sei se pelo valor do que passou ou pela dor da diluição dos vestígios.
me bate um ciúme efervescente ao ver que virei vestígio e perdi intimidade e a participação na vida dele. e tomo por ele os que nunca pensei que virariam coadjuvantes dos meus meses, pq nem ouso dizer dias.
me sinto como um ator de seriado de sucesso que após 15 temporadas perde a importância e vai sendo coadjuvado aos poucos até virar elenco de apoio. aliás, já vivo momentos em que me sinto apoio. apoio da revisita a uma vida que o roteiro destaca em alguns esporádicos episódios.
a coletividade desse passado que me traz essa reflexão e dúvida: em que momento me tornei fugitivo da vida coletiva? será que fujo ou perdi a noção de como lidar com isso? quando desaprendi a regar os contatos? a manter em dia os pontos dessa rede tricotada que é a vida?
por onde andam as pessoas que se importam mais com os amigos e menos consigo mesmas? por onde anda esse meu eu que age da mesma forma.
sinto falta de um telefone fixo em casa, pra estreitar alguns laços.
há um resgate a ser feito... até breve!


{please cut this out!}

samedi 2 mai 2009

the way i feel!

mercredi 29 avril 2009

,

lundi 27 avril 2009

lacoste


lacoste red from lacoste_red_collection on Vimeo.

Write exactly what’s on your mind...


...and don't change it:

01. Your ‘ex’ and you: used to talk more often.
02. I am listening to: the sounds of two clocks.
03. Maybe I should: go to bed, it`s late.
04. I love: having people around.
05. My best friends: are too busy or too far.
06. I don’t understand: the whole fucking function of our society.
07. I lost my respect for: who thinks people can be treated like shit.
08. I last ate: bread and butter.
09. The meaning of my display name on msn is: my self-given nickname.{my name is BINT, james BINT!}
10. Someday: i`ll travel the world
11. I will always be: a dreamer
12. Love seems: to be on vacations.
13. I never ever want to lose: my friends and memories.
14. My myspace is: i don`t have one.
15. I get annoyed when: i have no money at all.
16. Parties: should be "danceable"
17. Kisses: must be a daily thing.
18. Today I: will change my life.(boo-hoo!)
19. I wish: i was smarter.

copiado de http://www.hellololla.com/2009/04/write-exactly-whats-on-your-mind.html

jeudi 23 avril 2009

percepção


I-Movix SprintCam v3 NAB 2009 showreel from David Coiffier on Vimeo.

coisas que somos incapazes de notar

As peripécias de dona frigorífica.

Pra chorar de rir.


repetição

sempre fui fascinado pela repetição de padrões, imagens, ações em larga escala. talvez por isso alguns trabalhos do andy warhol me encantem tanto.

eis algumas repetições by me,
www.fixi.com.br/caleidos

e uma exclusiva do blog. roubei o gif aqui ó ->http://www.lolitas.se