lundi 3 décembre 2012


espanto-me ao resgatar antigos dilemas da solidão.
concluo que prefiro ser reservado a ser só.
ser só é não ter como querer quebrar o gelo com 5 minutos de prosa ao vivo, posto que não há ninguém nos cômodos ao lado.
é um comportamento que inibe uma ligação de telefone, que exige a cor, o ar, um ritmo cúmplice nos olhos.
por isso concluí que prefiro ser reservado.
prefiro estar só numa casa lotada de gente.
funciono melhor sabendo que quando a fome, o tédio baterem, ou ainda os ouvidos cansarem do silêncio, poderei interagir com o calor dos outros, pelo tempo que julgar suficiente, para então retornar ao espaço reservado para o meu silêncio.

tenho aprendido a ser só, ainda que prefira a reserva.
não tem sido fácil principalmente porquê ainda não aprendi a regular meu tempo sem os compassos de outros corações presentes.