jeudi 26 février 2009

big.bang?


Solar, with lyrics. from flight404 on Vimeo.

mercredi 25 février 2009

mémoire du carnaval.

fofo.stop.motion

lundi 9 février 2009

a estética da aceitação.



[obras de ron.mueck, beatriz.milhazes e david.lachapelle]

*o texto a seguir está sob revisão por tempo indeterminado.

eu enxergo. abro os olhos e no instante em que recupero os reflexos de cores em minhas retinas, me distingo.

cores e formas.
familiares formas, sensações e encaixes.
aceitações.
me reconheço e me aceito, inserido ainda num banheiro mal iluminado e com visíveis características de um recente sono.

Numa situação muito próxima acontece a escolha da estética do dia.
Isso dependerá da aceitação esperada naquele período de horas que seguirão e onde espero obter sucesso, ou algumas vezes só arrancar curiosidade e até uma leve estranheza dos olhares alheios. aí insiro a minha estética do humor.

a aparência é o primeiro recado a ser dado para qualquer outro "olheiro" com quem ousemos cruzar retinas, odores e também sons ou sutilezas no toque. e é através dela que nos colocamos enquanto aceitadores ou candidatos à aceitação. quando o grupo que nos cerca inicia uma escalada à convivência e integra nosso habitat, tendemos a repetição da estética que nos fez aceitos na inserção e com o tempo ganhamos confiança e sensatez para variarmos as formas e cores dentro, não só do padrão aceitável, mas também dentro da parte que nos cabe enquanto gosto. O gosto nada mais é do que a aceitação própria de que determinado padrão visual nos remete a outras memórias emotivo sensoriais ligadas ao desejo e ao prazer, e a repetição do mesmo.

Algumas vezes há o padrão estético massificado como proporcionador do prazer que nos incita a experimentação desse algo que no íntimo não nos leva ao encontro e reconhecimento de nós mesmos, como o mencionado no início do texto.
Melhor dizendo, o fato de nos adequarmos visualmente ao ambiente do qual pretendemos extrair aceitação e sucesso, ou empatia e comunicação já nos afasta em definitivo do reconhecimento primeiro enquanto indivíduo egocentral.
Ao passo que ser egocentral já constitui, sem pausas para assimilações, um conceito de indivíduo que inserido e adaptado ao habitat, mergulha numa busca e experimentação bibliotecária de singularidades, sabidas como compartilhadas, mas ignoradas pela sede de se sentir único num mar de cardumes alinhados esteticamente.

O que foge à maioria é que a massa de peixes está alinhado seguindo convenções cada dia mais mutáveis e de livres autorias.
Alguns despontam seus nomes aos quatro ventos, metonimizados por criações inovadoras, ou simbioses interessantes, que caem no gosto de uns influenciados e influentes por e à outros que atualizam quase que diariamente os levels aceitáveis de estética aos grupos em que transitam.
O que nos leva a transitoriedade de algo tão banal e simples porém super estimado e selecionador, e não menos abstrato, que é a moda.

inventada por poucos, cultivada e misturada por muitos, repetida por todos cujos olhos, ouvidos e curiosidades são atingidos por mídias devassadoras de gostos, divulgadoras de burburinhos e interessadas em lucros.

A periodicidade dos arroubos estéticos divulgados em cmyk ou rgb mundo afora surpreende pela variedade de um mesmo ponto e revisitas de um mesmo vértice vendidos como supra-sumos das inquestionáveis novidades do monetário mundo dos desejos.

Os imperdíveis e recicláveis padrões estéticos nos conduzem à viagens afetivas por abstrações e combinações morfo-cromáticas enlatadas como íntimos itens de círculos e cíclicos ambientes onde desejamos ser o espelho de estranhos-egos sintetizados em minuciosas semelhanças e alcançar o regozijo prometido aos e pelos deuses que alicerçam nossa crença econômico-psíquico-social.

Em simplicidade de idéias, não saímos de casa, ou adquirimos uma peça de ostentação e vestimenta sem uma boa aposta em algo que achamos ser adequado ao destino proposto.

Ao mar pertencem as baleias e aos aquários redondos, os peixinhos dourados.
Encaixar na circunferência vitrificada os milhões de diferentes cardumes é apostar na ruptura de um limite tolerado e torcer pela queda em mar aberto, ou alcance de um limite maior.