jeudi 3 décembre 2009

esse tal de cérebro



eu sou o que meu lado esquerdo do cérebro tagarela que sou...
me farto de hojes pelo lado direito, enquanto a emoção do left side só aproveita disso pequenos pedaços que se encaixem num monte de passado e futuro, que são apenas modelos conjeturados? Ou melhor, acomodados!?!

então eu depreendo as coisas, como que preenchendo lacunas e depois disso, BAM! there is no space?!
we run out of ice, or memory in this tiny little chip!?

E a partir das primeiras percepções tudo se faz num magnífico processo de cut and copy, claro.

Tão óbvio quanto só sei que nada sei.

Cercado nessa zona de conforto absoluto, onde JURAVA, até horas atrás q eu continuava uma criança de olhos virgens, percepções abrangentes, me descobri fadado as boas insurpresas, tão presentes nesse tempo morninho que passo me resvalando do que já conheço, adoro, adoto e identifico dentro de um modelo pré-criado como representação do meu real!?!

então o mundo é uma grande representação. e esta, por sua vez é uma cruza de codificações de impulsos elétricos e vontades de um lado do cérebro mais falante do que seu único vizinho responsável por criaturas coloridas, tridimensionais, familiares e que nem sempre estão realmente ali para os outros sentidos!?
Ok, acho que começo a entender.
Então esse tal de córtex é responsável pelo sucesso do capitalismo, da moda, do moldes e modelos de gente feia e bonita que vemos por aí.
O atrativo está na cabeça, é isso!? Mas não necessariamente é tudo da mente, mas do cérebro, certo?
Bom, se sonho com imagens e textos, eu, de olhos fechados, mantenho uma Berlin pré-muro onde ambas as partes se comunicam!? Como num churrasco adolescente!? Onde homens levam a imagem e mulheres o texto!? O que aconteceria se um hemisfério não aparecesse lá com a carne e a bebida, e o outro resolvesse não levar comida e sobremesas?! Sonhar é manter essa festa acontecendo, exatamente como quando estamos acordados, tirando, óbvio, toda participação super atuante dos outros sentidos. Aliás, que outros né?! Nesse caso todos estão excluídos da festa.
A coisa acontece ali em cima, NO-Southern-Allowed! O que o resto do corpo faz, é a reação pela vontade enorme de participar dessa ode ao funcionamento auto-suficiente do sr. brain.
Ou seria polianismo pensar nisso, descartando o fato de que, talvez, o córtex jamais seria capaz de produzir imagens sozinho, sans jamais connaître les premières impulsions magnétiques des rétines?
Quem veio primeiro?
Os cegos natos imaginam cenas?
Existe esquizofrenia em cegos!? Pelos primeiros resultados do google, aparentemente não há relatos de cegos esquizofrênicos.
Logo, penso que 1: só vê espíritos quem, à princípio, acredita nesse modelo e adotada como possível a existência IMAGÉTICA de seres desprovidos de matéria física!?
2: quem não vê nada, nem nunca viu, não é capaz de imaginar figurativamente, ou de crer em adições criadas pelo córtex visual de imagens que não estão presentes no real mas que se encaixam no modelo, mesmo quando acordado?
3: essa consciência visual, aliada ao baú de modelos e pensamentos textuais d`outro lado dos miolos, e que nos rege a vida, seria desnecessária uma vez que cegos são capazes de viver dentro de modelos criados por uma descrição texto+tato tão carente de fótons.
4: é o cérebro o mais ávido e refinado leitor de braile, ou pequenas descargas elétricas em milhões de páginas de células foto-sensíveis espalhadas pelas grandes telas das retinas?

E por último, na falta desses impulsos enviados por cones e bastonetes, como seria o modelo criado por essa mágica massa cinzenta, que nos preenche o crânio, através dos impulsos elétricos vindos dos outros canais sensitivos?
Dá pra imaginar uma vida sem cor? Sem luz? Sem sombra!? Sem consciência desses limites visuais?!

Lembrei-me agora que antes do parto, era a escuridão. (não lembro disso)
Antes dos primeiros anos e passos, tudo não passava de uma mancha plana e multicolorida. (não lembro disso)
E antes das primeiras aulas do Charles, tudo era racional, compreensível e pouco dubitável. (não há como parar de pensar nisso!)

a estrada é grande, o caminho escuro e os recursos... nem um pouco escassos.
Depois darei uma boa investigada em Richard Dawkins e em sua tão amada etologia.

e no meio desse tiroteio, ainda há espaço para desconhecidos modelos tão usados por específicos interessados.
Enquanto houver interesse e curiosidade, os modelos não serão acomodados e nem estarão despreparados pr`uma radical mudança.

Assim eu espero.