dimanche 26 juin 2016

pá de tempo - aterro e sufoco

2 anos sem postar jamais serão 2 anos sem pensar, sem viver, sem querer dizer muita coisa.

Acho que não tenho escrito por falta de filtro, foco e vontade de organizar os pensamentos.

me sinto afogado, quase o tempo inteiro. intervalos de leveza recheados com finas camadas daqueles momentos de cabeça pesada, pós piscina, ouvidos cheios d'água.

Então vasculho baús digitais e encontro isso:

logo logo é um tempo que não existe
o tempo não é linear. é empilhado, lembra?!
vc é agora o que sempre foi sempre. o mesmo de todos os frames (como num filme) sobrepostos
a vida só acontece pq nossa sensibilidade é fraca e não acompanha mta coisa de uma só vez
então vamos pescando na sobreposição dos segundos, um galho pra nos agarrarmos


otaviomoreira:  aajahahahha
cara
vc é mto doido
ahahahahahaa
pior de tudo
é que faz sentido

 :  tudo faz sentido, quando se escolhe as palavras certas

a abstração não faz o menor sentido, mas experimente metaforiza-la, ou exemplificá-la e Voilà!!! a imaginação cria as imagens e conseguimos entender o sentido inexistente através do abstrato comparado.
hahahah
chega né



Não sei se já havia postado aqui antes, nem quero parar e procurar, mas o fato é que essa teoria do tempo empilhado faz – sempre que a encontro – muito sentido.

E serve absurdamente, nesse momento, pra exemplificar minha sensação de sufoco.
A pilha do tempo de soterrou.
Sei que não estou no mesmo disco do presente, mas consigo vê-lo e saber que a pilha avançou.

Então me sinto esmagado, ali em algum momento do passado. Sentindo tudo, todo esse peso de tempo que se sobrepôs ao momento onde ficou minha cabeça - que não sei muito bem em que ano está, só sei que não está no agora, nem parada em um único tempo - acho que se espalhou feito gema mole por uma pá de momentos e anos passados. E feito lava se esparramando, a angústia aumenta. ¬¬'

E aí penso nessa solução pra tudo, a maior parte dos lúcidos momentos do meu dia.