mardi 15 avril 2014

Parte de um papo d'altsapp* com a Lee

só se ficar velho signficar ser mais carregado de lembranças! ter mais associações na cabeça e caminhos de sinapses absurdos e inimagináveis! hahah

acho q tem gente que carrega consigo um saco sem fundo c cadarço na ponta e gente q carrega um baú aberto, ou uma cestinha de vime pra colecionar a vida! e deve haver vários meios termos entre esses dois!
o do saco, joga tudo q experimenta lá dentro, fecha, acha q já viveu e parte pra outra. quase nunca para pra olhar o q tem no saco.
e o do cesinho ou baú aberto, tenta manter tudo à vista! vai fazendo arranjos, mudando algumas configurações..
levanta castelos de cartas
ou agrupa em pilhas algumas experiencias sem conexão.
Mantém como q um jardim numa cestinha de bicicleta onde casa vivências e as vê florescer e frutificar!

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daquelas pessoas especiais q mesmo via 'altsapp' consegue puxar ideias da minha cabeça q mal suspeitava, ou retratos q pintam um dos meus dilemas comportamentais mais sérios!
tudo deve caber na cestinha e valer a devoção? ou melhor manter o saco por perto? claro! equilíbrio é essencial, mas e o discernimento da triagem? e a dificuldade reside na abstração dessas coisas! na delicadeza do entendimento abstrato. dessas coisas q o verbo não dá conta!


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lundi 14 avril 2014

doismilequatorze aos trint'anos

ficar muito tempo sem escrever faz mal à saúde.
Eu deveria colar isso na testa, com cuspe, pra relembrar toda vez que me olhasse no espelho ou que precisasse renovar a cola de cuspe.
o mesmo vale para ler um livro, bom ou ruim, geralmente é difícil fazer esse julgamento sem percorrer todas as páginas.

de fato não ando bem de saúde, ou de cabeça. nada diagnosticado por algum profissional da área médica, é auto diagnóstico mesmo e nada tem a ver com dr. google e seus links que enlouquecem os hipocondríacos.
sabemos quando a conexão entre mente e corpo ou mente e mente não anda nos melhores dias. nem sempre queremos encarar de frente, mas no fundo, naquele momento de silêncio com a cabeça no travesseiro e a luz apagada (que pode durar segundos, minutos ou horas extenuantes), simplesmente sabemos!

madrugada de domingo para segunda (tecnicamente madrugada de segunda, mas na real sempre confundo essas separações que ocorrem entre a zero hora e o amanhecer seguinte. pra mim são como intervalos isentos de nomeação. parecem todos igual) na tela ao lado toca lou reed seguido de freddie ou velvet seguido de queen. janela aberta, ventinho de noite suave num dia de calor com chuva, que vem como o suor de um exercício físico, prometendo regular a temperatura, mas que de fato faz aumentar nossa sensação térmica, além de deixar as coisas um pouco mais meladas - ou melosas pra quem vivencia uma chuva na companhia do tédio.
no prédio ao lado um vizinho arrisca uma prática musical com notas repetitivas que soam como saídas de um bandolim - ainda que a noite avance pela primeira metade da uma hora de uma segunda-feira.

por dentro sinto cacos que cortam ou confortam, cicatrizes que insistem em não curar e outras anestesiadas por alguma esperança que pisca como um vaga-lume.
dos últimos meses tento colecionar poucos post-its sentimentais. alguns bons momentos de carnaval, algumas memórias sexuais e aquela implicante sensação de barco à deriva.
os contatos com a rua diminuíram, os contatos com ambientes herméticos também, então não consigo decidir se o saldo é positivo, negativo ou equilibrado.
os contatos com os desejos se tornaram piores que uma inútil briga com um enxame de abelhas sem ferrão. são milhares, pipocam, me tocam, vagueiam, retornam com mais força, me levantam num ritmo de dança que faz cair de cansaço, mental apenas.
nada muito diferente de alguém que sempre vive em rotações diferentes entre ação e vontade.
a música toca na cabeça naquela velocidade que torna cômica até a mais doída das canções de nina, já o corpo dança mais lento que regininha dando vexame num vídeo viral da revista caras.

acho que cortaram a energia que deveria ligar meu cérebro às minhas mãos por falta de pagamento de alguma conta.
aliás, as contas tem sido um medo constante desde que me mudei de mim.
mudei prum espaço melhor, compartilhado, mais em conta.
mudei pruma cabeça mais chacoalhada e caótica, preguiçosa e afastada dos laços que fazem doce a vida cheia de camadas polisaborizadas.
mudei pruma cabine que suprime a autoconfiança. ou esconde.
o ar parece rarefeito pra essa área da razão ou da emoção.
procuro por terapias de convencimento (certeza q tem outro nome, mas com preguiça de checá-lo), descubro que há algumas vertentes que acreditam na reafirmação verbal de elos cretinos de autojulgamentos. certa vez escrevi no espelho de meu quarto (um que ainda tenho, mas sem as palavras) 'você pode reclamar ou pode mudar! e aí, qual vai ser?' e digo que adiantou na época. Mas dessa vez o problema não é reclamar… a vitimização atingiu camadas menos verbais, mais internas. Talvez seja algo classificado como processo de amadurecimento ou de endurecimento. sempre achei curiosa essa rima do duro que pode vir com 'ma' ou com um 'mais' na frente.

resolvi voltar a escrever pra resgatar uma fluência digitadora que me assustou em vários outros posts dessa caixa virtual que eu chamo de blog.
até agora ela não apareceu.
foram 34 minutos pra chegar até aqui.
em dias que só repousam na minha memória 34 minutos teriam rendido umas 4 laudas cheias de fascínios e amor pelo mundo ou de curiosidades poliânicas ou satânicas por coisas que jurava que aconteciam por uma mágica de luas, de gravidades e órbitas interpessoais.
mas agora, na caminhada de ponta dos pés rumo à tampa que fechará meus completos 30 anos de idade, 3 décadas, parte desse brilho é externo. é uma luz de monitor e outra de teto.
é energia de concessionária, de tomada e só.

o afinco se foi, enfraqueceu com alguns trancos dos últimos anos.
ideias que não praticadas foram apenas bolinhas de tênis perdidas numa partida em looping.
práticas que falharam e me tiraram um pouco do tesão de tentar de novo.
confluência de vidas, de rios, que não resultaram numa pororoca impressionante.

e hoje, na baliza dos pensamentos mal guiados concluí (num banho que me fez picar parte dos cabelos que ainda se seguram firmes ao meu topo) que chego aos trinta com muito atraso de vida. como se chegasse aos 30 com muito dos 25 e quase nada do que planejei ou do que vendem como sendo TRINTA ANOS. não casei (no sentido amoroso da vida de vivenciar uma boa história de trocas emotivo-sexuais), não alcancei um clímax ou um degrau alto profissionalmente (e no meu entendimento esse degrau seria aquela sensação que traria a mente a frase:PULTA! Faria isso pelo resto da minha vida! Feliz e apaixonadamente… hahaha!! não sou tão idiota de achar que todos os dias seriam maravilhosos, toda embriaguez tem suas ressacas, ou necessidade de férias, como queiram chamar!), não atingi um amadurecimento corporal, de conhecimento da própria casca à exploração máxima de suas potências, ou mesmo na aparência, ainda não fiquei calvo demais ou com barba digna de um trintão. e não me empenho tanto em autoconhecimento diário como teoricamente eu prego que deveria fazer.
Sei que tudo isso pode chegar mais tarde, que virá em seu próprio tempo, que não existe uma vitrola rotacionando todo ser humano num mesmo ritmo, mas percebo que ainda vivo numa idealização comprada e constantemente reafirmada de ritmo de vida, de valorização e explicação de vida, sabe? e é isso! foi essa conclusão que me trouxe ao teclado, não sem antes vagar por horas entre sites nada vitais ou atividades não programadas na minha agenda atrapalhada de trabalho.
(usei baliza só porque lettuce canta esssa música à 1h39min de uma madrugada intervalo entre domingo e segunda.)

escrevo aos bons sons pra tentar reestabelecer uma conexão com passados e novas conexões com descobertas que precisam ser escavadas e montadas com minha própria pele e meu próprio jeito (inocente!) de orar! (no sentido de escrever: formar orações em sequência inteligente ou compreensível!)

Então é isso! Primeira pílula (na verdade segunda… ou décima, já que venho lendo alguns livros aqui e acolá pra despertar experiências in/ex-ternas que só provém da degustação de páginas).
Veremos no que dá.

Um beijo de boa noite.
um abraço apertado.
um lembrete:
ficar muito tempo sem ler ou escrever pode ser prejudicial a saúde.
ou numa tradução que me ocorreu rapidamente… perder o contato com a narrativa, seja a própria ou a alheia (impressa ou falada) pode ser prejudicial à saúde mental.

até.

p.s.: hj me matriculei numa academia, pela 3ª vez na vida. veremos se dessa vez passo do 4º mês.