vendredi 8 juin 2007

ondas de Roberto Burle Marx

Aprendi quem foi Burle Marx quando estudei arquitetura. Nem estava no conteúdo de nenhum professor falar sobre ele, mas seu nome estava sempre presente nas conversas com uma colega de classe, paisagista e fã dos jardins e da arte de Burle Marx. Com ela aprendi que os jardins do MAM, até então desconhecido por mim, eram dele, e que ele também assinava o desenho em curvas da famosa calçada de copacabana.



Um ou dois anos após ter acesso a essas informações, quando eu já não fazia mais arquitetura, não tinha mais contato com a Liliam, já conhecia o Mam e já tinha esquecido do Burle, entrei de penetra num fashion rio, que ocorria nos jardins do museu, e me deparei com um gramado enorme, lindamente iluminado, em dois tons de verde que desenhavam curvas gigantes iguais as da calçada de copa. Fiquei sem palavras!!! Lembro de na hora ter ouvido a voz da Liliam e todo o encanto que ela expressava ao falar do paisagista que havia sido Burle Marx.





O jardim vai muito além desse gramado de ondas verdejantes e é em sua totalidade LINDO DE MORRER! Por tudo isso, neste mesmo dia, militei junto à umas assistentes do fashion rio, já esbaforidas, para que ninguém pisasse na grama de BURLE MARX tombada pelo patrimônio histórico. Nessas horas surge uma inenarrável alegria em ser chato com os desinformados. Um prazer de preservar aquilo que o outro mal sabe a procedência, e que eu defendia com unhas e dentes.
Não precisa saber quem foi o cara pra querer preservar um enorme campo de grama em dois tons de verde que possui o mesmo desenho de um dos cartões postais mais conhecidos do país e que apesar de tudo, tem caminhos no entorno, para transeuntes, precisa??





Além do campo, da grama, do verde, dos jardins, das plantas, do sítio, que dizem ser lindo, que eu ainda não conheço, Burle Marx, o cara, também dominava e assinava espaços menores com papéis, tintas, lápis coloridos ou não, e todas as formas que passassem pela sua fértil imaginação. Isso quem me apresentou foi o google, apesar da Liliam já ter falado sobre esse lado dele. Os quadros são lindos, as obras são cheias de cores e formas que se sobrepõe e criam planos irregulares lindíssimos e livres. Graças a essa bagagem deixada por ele, tive contato com a malha de construção das ondas da calçada, com o x da questão, com elas... curvas perfeitas, em preto, branco, muitas linhas... em toda sua nudez de formas geométricas.





Mas esse contato se deu bem longe do defendido gramado e bem perto da mesma bahia de guanabara margeada pelos seus jardins do MAM, e também de outras obras semelhantes as dele, mas feitas pela sua aluna Ligia Clark, numa exposição realizada no MAC.
A exposição, Diálogos com Ligia Clark, tinha um espaço reservado para algumas obras, bem parecidas, da artista e de seu professor, mostrando as influências que ele havia exercido sobre o início do trabalho dela. Ao lado das obras havia um texto que contava sobre esse tempo de aulas no parque lage e acima do texto estava a revelação que mencionei, da malha de construção.
Toda a beleza das ondas do mar sintetizados em uma contrução de 2 quadrados com círculos dentro que se combinavam pelo centro e se repetiam margem à margem, ora com uma sobra do círculo preenchida em cima, ora preenchida embaixo formando as lindas curvas do calçadão.

Com tudo isso na lembrança somado as exibições diárias que a novela Paraíso Tropical faz em sua abertura, das curvas de Burle Marx, decidi qual seria minha primeira tatuagem.
E além disso começei a aplicar a forma mundialmente conhecida em tudo que meto a mão, como podem ver nas fotos abaixo:

1- um ensaio de como será a primeira tatto


2- o primeiro (de uma série, espero) caderno artesanal que fiz sozinho


3- meu novo tênis! (eu e minha mania de pintar em bambas náuticos!)



pois é! enrolei tanto só pra mostrar o quanto gosto das curvas de copacabana, não só pela fama, ou pela beleza da forma, mas também pelo autor delas, pela relação que tenho com o gramado do MAM e pelas outras lembranças que a envolvem. =]
Espero que lembrem de toda essa história quando assistirem a novela! ahahhaah E também quando visitarem o MAM, o Vivo Rio, ou a praia de copa mesmo.

té mais!

[as primeiras fotos recebem créditos do google, pois não tinham nome de fotógrafos, a obra de arte é do Burle Marx, sem título e a data eu desconheço. as últimas fotos são minhas! ]

8 commentaires:

  1. o caderno ficou lindo.
    (eu pisaria na grama só de sacanagem.)

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  2. Sempre tem um idiota pra fazer esse tipo de comentário que pisaria na grama mesmo com toda essa explicação. mas enfim.
    Eu amei seu caderno, e veio muito a calhar essa foto, pois exatamente ontem eu e Adam estavamos conversando sobre skethbooks e nos perguntando como faze-lo. Pois agora que sei que Você sabe a manha do negocio é claro que quero que nos ensine.
    A e aproposito vai ficar linda sua tatuagem, vai fazer muito sucesso com os gringos! ahahhahahah
    ;)

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  3. Adoro o jeito como vc escreve! Vc tem o domínio das palavras!
    E, aliás, todo Marx é phoda!!

    =)

    bj

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  4. Mais um apaixonado por essas ondas.

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  5. Cara, outro dia um professor da pós graduação me disse que fez uma viagem a portugal e descobriu que estas ondas não foram projetadas por Burle Marx, ele viu acho que em Lisboa, achou bonito e trouxe o conceito para o Brasil... http://photwographers.wordpress.com/2008/04/10/sem-titulo-044/

    Abraço...

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  6. Burle Marx foi mesmo "o cara"...

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  7. cara
    mt bom seu caderno, os dois...eu estava precisando de um exemplo msm
    e achei os seus ótimos.
    é isso ai Burle Marx foda

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  8. amigo,qt aos cadernos, será que vc poderia me dizer como se faz..ou de onde vc aprendeu??

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