chova!
vivo adiando reencontros, contabilizando horas de solidão e por vezes me penalizando com pessoas desconhecidas que não faço questão de etiquetar ou substantivar com nomes próprios.
Não o faço por mal, ou faço como mal apenas a mim mesmo. Não me sentencio merecedor de reencontros. Não me permito continuar a viagem em terra firme, uma vez que em segundos já decolei, volteei a lua e aterrissei sem a menor permissão, sequer, pra piscar os olhos e carregar bagagens.
Talvez haja profunda ligação entre isso e aquilo.
Àquilo que seria...
É melhor sentar que lá vem a estória!
Meu pai nunca me negou nada, porém sempre se sentiu no direito de esquecer ou descompromissar suas promessas.
Sempre tive tudo que queria e nunca tive nada que me foi ofertado e prometido por ele.
Ou é PÁ! Ou é o silêncio. O PUM! Nunca chegou.
OU ele dava ou ele prometia, que no fim das contas resulta em ou dava ou não dava!
E talvez por isso eu tenha merecido o elogio de ser infinito em cada aresta do meu ser. Porque eu tenho tudo, quero tudo e posso tudo.Tudo que ganhei vinha acompanhado de uma justificativa que havia me feito merecer. O empirismo que me mantinha, e mantém, num caminho "bom".
Ou melhor... Eu tenho tudo que preciso, quero tudo que posso e posso imaginar tudo que não tenho. Em suma, tive abundância de estímulos.
Enquanto tudo que não ganhei era acompanhado por estórias mil que me faziam imaginar e viajar nas entrelinhas das roubadas possibilidades e momentos que eu poderia ter vivido com as despromessas que me foram tomadas por imaginadas situações impedidoras. :’[
É complicado saber o que é ter, querer e poder nesse vendaval de
Como saber-se poderoso, detentor e almejador se nossas frustrações afundam com expectativas de uma chuva que nunca chega?!TOME! ESPERE! e DESCULPE-ME!
Fundamentar-se onde, se ora encontra-se a mão aberta e outrora se encontra a seta apontando para um LOGO! ou Em BREVE! que como uma nuvem, dissipa antes que sejamos capazes de nos perceber crescidos e dependentes somente de nossas primárias impressões da vida?
Me estresso quando não posso prover meus desejos. Me estresso quando não tenho o poder de suprir minhas próprias vontades. Me desestabilizo quando não tenho como fazer alguma coisa, e também quando tenho todo o poder para fazer qualquer coisa que não tenha sido planejada. Aí acabo varrendo tudo com uma tempestade de felicidade que quando acaba só deixa inundações de dúvidas e repreensões.Acho que me fundamentei num lamaçal carente de tábuas e pontes o tempo todo!
Acho que amo a chuva pelo papel que ela representa no ciclo da água.
Ela é o retorno.
A nuvem, a reflexão, e a evaporação, o impulso, o ato deflagrado e impensado que depois matura nos cristais suspensos que se atiram à redenção em qualquer lugar muito longe (ou não) de onde estiveram!
A minha atual inércia relaxada e desgraçada talvez esteja me carregando pra longe de onde eu estava!
TOMARA! Porque permanecer nessa imensidão de nada já está me cansando!
Que os bons ventos me carreguem enquanto cumulus nimbus e me despejem em grossas gotas num mar de novos objetivos, ou de velhos finalmente limpos e organizados.
Só depende de mim. Do meu sopro e da minha evaporação enquanto água.
Aliás, água sempre esteve INTIMAMENTE LIGADA aos reencontros que eu me permiti ter e desfrutar sem a menor culpa e com todo o prazer do mundo.
hummm... Que eu chova num oceano de paixão. Porque isso tem me faltado e muito!
Enquanto isso... CHOVE NA PRESIDENTE VARGAS ÀS SETE DA NOITE.
As fotos ficaram ótimas! Pura arte! =)
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