vendredi 13 avril 2007

salto ornamental de um trampolim macio e quadrúpede.




ao encostar das pálpebras,
inicio um encontro com algo em mim
que não resiste à luz da vida
ao barulho das luzes
ao brilho dos olhos
e ao gargarejar dos sorrisos
sempre alheios
sempre cheios
nunca pela metade.
ou talvez sempre cheios pela soma das metades.
ao encontrar com esse tal a que me refiro
sinto meus pés flutuarem
como num mergulho do avesso
no lado certo da fita
que rola sem reverse
até o fim que me leva
à brutal queda
de um travesseiro raso
e me traz de volta
ao pedaço esquecido do que realmente sou.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

"Sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar"
Sonho - O Teatro Mágico


"céu azul
é o telhado do mundo inteiro
sonho é uma coisa que fica
dentro do meu travesseiro
"
Eu não sei na verdade quem eu sou - O Teatro Mágico


1 commentaire:

  1. Oi Zé. Seu texto é muito racional, muito lógico (o que não significa certinho...), muito claro, até assusta. Muito bom esse poema, gostei, vou passar sempre por aqui.
    E valeu pela sua atenção, prazer em "conhecê-lo" igualmente...

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