CARCARÁÁÁÁÁ!
"lá no Sertão
é um bicho que avoa que nem avião
é um pássaro malvado
tem um bico volteado
que nem gavião!"
http://www.youtube.com/watch?v=WfSXTz-QQsI&feature=related
"lá no Sertão
é um bicho que avoa que nem avião
é um pássaro malvado
tem um bico volteado
que nem gavião!"
http://www.youtube.com/watch?v=WfSXTz-QQsI&feature=related
Postado por robson.junior em 3:27 PM
O três é a resposta pra conexão quântica entre o palpável e o mistério desse mundo louco.
"O sistema" é uma nomenclatura simplista demais pra todas aquelas convenções antiquíssimas que infelizmente parecem imunes a mudanças e que como bolas de neve, vêm crescendo e arrastando reles mortais que talvez nunca descubram a proposta de vida e felicidade plena que tanto é falada e tanto é vendida, travestida em qualquer produto que nos ofereça um prazer mínimo e rapidamente esgotável. Não falo com nenhuma propriedade de quem está de fora, mas falo como quem tenta sempre olhar pra fora e abrir brechas em momentos únicos de pura admiração e companheirismo. Momentos de encontros de alma, onde nada mais importa. E é engraçado constatar que esses momentos são sempre regidos por três presenças. 3 almas, 3 diferentes corpos, 3 diferentes cabeças. 3 é demais! Não demais de excessivo, mas um demais adjetivado. 3 é a máxima do cosmos, pelo menos a máxima da terra é! Sol, Terra e Lua. Como explicar essa relação? Explicações não são necessárias quando se está com sua terra e sua lua.
O chão e o Céu. Os limites pro infinito. Os extremos da gangorra, onde o meio sou eu. E pro outro sou extremo. Sou ora céu, ora terra. As instâncias da vida deveriam vir sempre pautadas na trindade, santíssima pra cada um. Pouparíamos tempo de busca pelos dois elos. =]
Se bem que encontrar os parênteses que nos abraçam não é tarefa árdua, nem trabalhosa e quando nos sentimos conteúdo desse conjunto, o prazer e a gratidão são imensuráveis.
[Buah-Ha - The Bubble, Israel-2006 by Eytan Fox]
Postado por robson.junior em 12:48 PM
Ora, os filmes, aclamados, de ação estadunidenses atocham e envolvem seu eleitorado com muitas dúzias de verdade chafurdadas em ficções e hipérboles que elevam ao ridículo e vendável o que eles têm de podre e de anti-séptico para podridões. Tiram o band-aid, tatuam uma carpa por cima da ferida, para depois parir um MEGA-HERÓI que após ser limpo de todo sangue do parto é coroado por ter amputado o membro d'onde sangrava a ferida do mencionado band-aid. E assim dormem tranqüilas as consciências gordas que se encantam com o herói da ficção, esquecendo que as soluções em película são farsas para problemas reais.
Postado por robson.junior em 2:15 AM
Postado por robson.junior em 12:34 PM
a afirmação saiu da minha cabeça para, dois milésimos de segundo depois, me amedrontar entre memórias empoeiradas de tempos medonhos, sobreviventes em papéis amarelados e timbrados no verso, como papéis de parede que escondem um tesouro do passado. Um tesouro brega, porém tesouro. Quanto de mim lembro de verdade e quanto completei com fragmentos de registros ínfimos e impressos de tempo? Quanto das lembranças assimiladas pelos adultos e repetidas a cada natal, cada aniversário, cada páscoa, da minha feliz infância, eu adotei por osmose, ou apego por uma boa narrativa?
Quando se é criança e se ouve sobre uma infância que não volta e que não lembramos ter vivido, nos resta apenas refilmar as cenas do jeito como nos juram ter acontecido?
Mas isso é ter sua vida dirigida por segundos! Ainda que nos segundos aconteçam as ações, sempre que tomo consciência dos estragos, ou contribuições, das versões alheias de um movimento meu, penso em viver com rec apertado, comemorando (tornando memorável) cada frame passado, cada sequência vivida, cada iluminação perfeita, indireta, cegante, cada enquadramento abrangente, exclusivo, repetido, parcionado, cada cenário cheiroso, fedido, bonito, harmonioso, caótico, cada trilha bailante, lentinha, embalante, arranhada, preferida, misturada, mixada, repetida e dançada.
É!! O agora sempre vai ser preferência! Mesmo os acúmulos resgatados de um baú são incorporados num agora, certo? Me parece absurda a idéia de disperdício de tempo com lembranças.
Ora se não são momentos novos!?
Cada relembrança de velhos tempos é resgatada sob nova ótica, novo contexto (ou velho mesmo) e registrada no agora que amanhã já será lembrança.
Postado por robson.junior em 12:24 AM
de que adianta uma educação que preenche sem fazer brotar?
nos sobra vivências disperdiçadas num "de" e nos falta a oferta de vidas "para".
quem vive de "sua paixão", quem a põe, em primeiro lugar, como forma "de" sustento, sufoca o "para", a entrega ingênua, contestadora, curiosa e criativa, que qualquer passionalidade exige.
imagine van gogh sem theo? vivendo "de" arte. sustentando-se de quadros milionários. escutaria até hoje, com ambas as orelhas, as asas batendo daqueles que sobrevoam seu túmulo sem talvez sequer nos deixar metade das obras que pintou.
fazer do fim, um meio é perder-se no início de tudo. dedicar-se ao fim desde o início, faz da recompensa posterior um meio além do esperado, desrespeitoso à linhas do tempo.
demarque sua partida, curta sua estrada, goze no fim sem esperar vida após a morte. se ela de repente chegar, é bônus. se ela não vier, curta seu cadáver, acrescente em seu currículo, acumule mais e mais fins dos quais se orgulhará e dos quais os meios serão prazerozas descobertas.
"vivemos de galho em galho. ou comemos e curtimos as bananas, ou abortamos e vendemos nossos cachos."
Postado por robson.junior em 1:48 AM
Como equilibrar nossas "fontes de prazer e auto-estima"?
[fontes: uma deriva dos bens, uma deriva da reputação e uma deriva da personalidade]
Traduzindo em miúdos, schopen acreditava que a raça humana extrai prazer e alimenta auto-estima através do TER, do APARENTAR e do SER.
E eu pergunto-me: como não enlouquecer depositando em objetos e cérebros alheios um pedaço importante do nosso sustento emocional?
Acredito sim, [hoje!] que nos refletimos aos cacos, nas pequenas semelhanças e ou diferenças radicais opostas, em cada outro ser de mesma espécie com o qual nos relacionamos com certo grau de contato, medido através da quantidade de sentidos envolvidos no conhecimento do outro. Acredito, também! que o sentimento de posse e seu negativo de desejo frustrado influi no humor, e talvez até um pouco mais profundo, no estado de espírito de alguém. E acredito mais ainda que tudo que acontece a um indivíduo depende em uma instância muito alta, do que se passa em sua cabecinha oca ou não!
É fato também que nos deixamos ser regidos por vontades. Vontade de agradar, vontade de parecer, vontade de preencher, de representar, de ser, de estar de caber, de sobrar, de merecer... e enquanto houver vontade, haverá frustração... batido, não?
Verdade?
Não creio!
Enquanto houver vontade de algo unida à preguiça, ou inércia, haverá frustração das grandes.
E se houver vontade acompanhada de pró-atividade, garra, gana, respeito a si mesmo, às suas possibilidades de alcance, ao auto-aprimoramento, à atenção para consigo, acho que haverá maturidade para aceitar alguma possível falha, inteligência para moldar o desejo e ou alegria para gozar da conquista. Mas talvez isso não seja tudo!
Veja bem que não tento concluir nenhum devaneio sobre o ser e suas nances de felicidades e derrotas. Apenas, como o próprio nome do blog já diz, estou divagando sobre um desenfreado e desmedido devaneio daqueles latentes que me pega pra cristo sempre que minha mente está aparentemente vazia.
Portanto, como eu ajo; quem sou eu nas retinas alheias; o que eu tenho e quero e quem eu sou ainda não posso definir com precisão e acho que nunca poderei! Talvez alguns historiadores o façam após o fim da minha vida, quem sabe? hahahahaha
Brincadeiras à parte, sabedoria para aceitar que tudo nesse mundo é TÃO INSTÁVEL QUANTO UM BARCO EM TEMPESTADE, TÃO MUTÁVEL QUANTO UM FETO EM GESTAÇÃO E TÃO FÁCILMENTE TRANSFORMADO QUANTO UMA NUVEM EM CÉU VENTANIOSO, é o que procuro buscar no momento.
[tentações não são desejos imponentes que nos causam medo?]
Postado por robson.junior em 10:28 PM
Postado por robson.junior em 11:51 PM