mercredi 30 juin 2010

onde está a causalidade clara, qdo se precisa dela!?

Apesar da lenta sensação de retomada.
Apesar de um leve pensar sobre o que me cerca (mais treinado que natural).
Apesar do que pesa... não sei dizer com que sorrisos poderia me vestir num momento desses.
Pareço estar na beirada. Margeado por pessoas com suas vidas rodando órbitas bailarinas.
Pareço estar no canto de um ginásio americano de filme B - de bobo.
Sinto como se não houvesse carro, abraço ou olhar que me acolhesse nesse momento.
Não que isso denote falta de compaixão, coleguismos, obrigações sociais dos outros. Nada disso.
O que falta, sinto, é mais compreensão da minha parte.
Não é a primeira vez, mas tem sido a mais incompreensível, talvez pelo ritmo lerdo e tempos parcos q tenho me dado de "presente"(qual o contrário de presentear? Ou melhor, como me refiro ao presente ruim?).

Não sei explicar. TUDO PARECE CONHECIDO DEMAIS, à minha volta, pq aqui dentro é tão sem juízo, tão sem horizonte, tão carente de causa explícita, ou caminhos labirinticamente desembaraçados, que só poderia explicar de uma forma.

Apesar de estar conseguindo viver, ler, me dedicar a algo, atender o tel, falar com outros seres vivos e pensantes, me sinto profundamente triste.

E o pior, me sinto incapaz de ser boa companhia a essa tristeza.
Me sinto rio sem oceano. Água de represa. Garrafa no fundo da geladeira.
Peixe congelado. Casca de banana, café sem cafeína e doce sem açúcar.
Me sinto humano, sem a parte boa de ser isso tudo, sabe?
Pois é, nem eu! Não tenho pistas, ou não quero confrontá-las. Pelo menos, por ora.
=/

Sinto um destrançar de sensações que eu carregava na cabeça.
Sinto uma falta mto grande. Da minha avó. Sim, mto. Mas não só. E não sei que outros fatores compõe essa adição perigosa, ou seria multiplicação?

Cansei dessa platéia. Quero um outro mundo. Um novo horizonte.
Ou outro mar pra me enforcar.

1 commentaire:

  1. tá ficando cada vez mais difícil mesmo, estar no mundo. entendo sua tristeza, já a senti antes. a solução talvez seja isolar-se em pensamentos, dar continuidade a todos eles, tirar o máximo de qualquer idéia absurda e martelar como uma dor de cabeça, pra si mesmo. uma hora: puff! alguma coisa vc irá entender, algo que é só seu, e só você sabe. e não conte a ninguém, eles não entenderão, e viverás feliz assim, pois depois de tudo terás descoberto que não precisa desse apoio ou entedimento, você descobriu o que precisava, e não saberá mais nem menos propagando sua sabedoria. corra pelo lado, pelos cantos, filtre como você vê e ouve tudo ao redor, complemente-se, então exponha-se. não se espante se descobrir também que está e sempre estará sozinho. o mundo, de um jeito ou de outro, nos deixa sozinho, e isso é bacana, aprender a se completar e se bastar. aí fica fácil estar junto.
    o mundo não é escroto, as pessoas que são.

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