o mergulho
*qualquer erro ortográfico provém da falta de revisor ou revisão do autor.
*disque pro seu delivery favorito e reclame com o primeiro que atender!
será que chegou o dia de arrasar com esse jejum?
ando meio lá, meio cá!
muito esticado, ou fatigado com uma falta de rotina ou com o excesso de uma rotina que não me agrada.
Sempre os mesmos cantos, sempre as mesmas vozes, sempre. in and out.
os devaneios, os assombros, os amores. Nada de novo, nada de excitante.
A última coisa excitante que fiz… humm, hoje, foi descobrir, ou desvendar, ou investigar à exaustão, o que inclui uma ligação pra paris, pra que raios servia um termômetro, coisa que só descobri no momento da estagnação ou retrocesso da energia, que na verdade mais parecia um relógio cujos números variavam de 0 a 40 numa PA de razão 5 e depois de volta a 0. um relógio de ponteiro solteiro e com a inscrição glace, que parecia ser a marca do intrigante objeto. Até descobrir-se que glace era de gelo mesmo e que a escala de 0 a 40 rebatida nas duas metades da circunferência representavam os graus celsius positivos e negativos.
E o que isso tem de tão mortífero?
Nada!
Mas me entristece essas fosforidades das excitações vespertinas que ao virar do quarto de hora parecem lembranças de um passado sagaz, feliz e de tirar o fôlego. (preciso dizer que isso contrapõe com o presente entediante, vazio e caolho?)
No momento é a efervecência que bombeia seu cérebro, seu sangue, suas ideias e depois disso é queda, água fria e a possibilidade de ter-se perdido toda a força que acabara de empurrá-lo pedralhada acima rumo ao trampolim natural que desaparece no momento em que levantamos o pé, qualquer um deles, pra cruzar o gap do metrô e logo depois pisar na água fria que {parece} nunca voltará a estar metros abaixo de nós, convidativa e sorridente. escondendo seu poder de sucção das nossas forças vitais.
Quem pula, se lembrará da sensação pelo resto da vida. E mesmo quando a lembrança está há 40segundos de distância retrógrada, sentimos que entre ela e o presente, há o resto da vida, a repousar.
funciona assim com todos os réles mortais?
Na segunda foi a gripe, day off pra excitação.
Na terça o dôssie com estudos profundos que se estendeu pra quarta, onde interrompido pela gripe, intervalinho de 40min, deu espaço pra roubada profética de posição, ou hierarquia, da materialização da logo que repousava meses nas ideias.
A quinta foi irritada até os 45 do segundo tempo. Quando vc me chamou pra ajeitar uma decisão que parecia torta, embaçada ou … sei lá, era só uma decisão sem importância. Que me fez feliz, pela visita.
E a sexta, bom, a sexta foi hoje e foi o dia do relógio termômetro da Eglise de Saint-Germain-l'Auxerrois, Paris.
E o que esses sete dias nos ensinam? que quando a rotina te esmaga, você caça um casamento forçado com o destino, à espera do momento em que, enquanto noiva, sopra o saquinho de papel, ora inflando ao máximo(excitação), ora sugando todo ar a deixá-lo murcho como o peito da dercy(o momento agora, o gap, ou a água fria usurpadora de forças, ideologias, razão e emoção).
é o que se faz.
A pilha de livros tá lá. A pilha de revistas idem.
A pilha de trabalhos tá aqui e ali. Atrás dessa janela do editor de textos e ali na mesa, esperando cortes bistúricos em papéis chouettes de cadernos que ainda farão você sorrir!
É tanta decisão revisitada numa conversa, é tanta fiada mentira, dizeres vazios de planos que nem parei pra pensar em como ficarão.
Eu disse coisas q não assino embaixo pq não tinha parado pra pensar neles até vc perguntar.
Eu disse coisas legais, eu disse coisas tediosas e sim, eu cantei o óóóóóóooo, pra ver se tinha ouvidos à espreita. A conexão me disse q não. E cantei de novo, mas foi só até aí que meu humor durou.
Depois veio o tédio dessa vida.
O que fazer aqui? O que fazer aí?
Pq fugir, como fugir, pra onde?
Ou melhor, com que dinheiro?
Com que confiança.
Acordo confiante de que serei capaz de preparar uma xícara, ou caneca de café.
Viro a porta da cozinha confiante de que sobreviverei até às 18 da noite sem um surto psicótico e vou dormir confiante de que perderei a hora no dia seguinte, bem, tenho dormido demais, sem motivo, sem querer, ou querendo por baixo da pele, sabe?
já acordei confiante de que mudaria o mundo. mas nem me lembro mais da sensação. Só lembro q já ocorreu. E não ocorre mais. Hoje tento ficar confiante de que o mundo vai me mudar pra melhor.
Ou eu vou. Ainda não sei. Quando eu morrer, saberei o diagnóstico ou não.
Talvez saiba no último gap, do último suspiro da vida. Não pq isso que acontece metafísicamente falando.Não creio ainda se é isso. Mas talvez pq ao morrer nosso cérebro nos presenteie com sua última confusão de sinapses pobres. Sabe o adeus das fagulhas? Seria como isso.
O final de um rojão explodido, que se desfaz em fagulhas sem pressa de dizer tchau. E também sem foco, definição ou certeza de que estejam mesmo ali. Quem controla esse louco disjuntor, se o cérebro tá morrendo junto? Pois é, no rojão vemos por fora. Na morte deve ser como ver por dentro, ou intueri, como me ensinou.
É disso que esse desjejum trata.
Desse vazio da memória que não me deixa lembrar de nenhuma certeza, não carrega confianças quando eu acordo. Como um celular ou computador que ao ligar já apresenta mensagens de erro.
É assim q me sinto, quando meus pés tocam a água fria.
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ps01 :: durante esse post, conjurado em 20 min, foram pesquisadas as grafias de jejum e Saint-Germain-l'Auxerrois, respectivamente no michaelis on-line e no google.
ps02 :: não houve distrações, além da irritante música de forró chorado que ecoa em mono metido a stereo irritante na favela ao lado.
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