lundi 7 juin 2010

o pior texto do mundo

há tempos não escrevo 'de verdade' aqui. (by de verdade i mean from my heart, or the deepest of my brain. i mighty be writing in english cause u`re there, and i miss u)
há menos tempo venho ensaiando diversos textos e formas verbais de fazer escapar um pouco do que pressiona e impressiona meus olhos, minhas idéias, meu mundo de lembranças, meu baú de segundos (mais brega impossível, right?)

i`m kind planning a huge change for my life…

talvez eu precise mais desse planejamento pra realmente acreditar num agora que valha as contas no fim do mês do que pra alcançar o tal fatal quase gal, como caetanesco objetivo.
Algumas vezes as coisas(melhor dizendo, most of the time) funcionam no meu cérebro de forma fuzzy, sem bula.

Como quando digito pensamentos aflitos por um buraco de dedal por onde possam escapar da clausura, quase não penso, ou melhor, quase não acompanho meus pensamentos de forma cinematograficamente falando, em stop motion. Simplesmente dedilho como um exímio pianista esse tecladinho da maçã, fazendo ligações perigosas ou não, rimas tolas ou demasiado sonoras que me valham sorrisos na cara e nos ombros. Enquanto digito não filtro, não enfileiro em ordem crescente ou coerente, não resgato maneirismo ou … eu minto! Melhor, menti! Vez por outra paro de parágrafo em parágrafo pra confirmar se tal palavra que acabou de fugir do aquário que é minha mente, como um peixinho dourado suicida, existe de fato ou acabei de inventar por culpa da melodia que meu pensamento tocava sem eu mesmo notar.
Essa movimentação quase sapateadora de dedos me embala numa dança frenética/suave/frenética again, com altos, baixos e guitarras que me levam quase sempre a esquecer que existe o tempo underneath my human being!

Algumas vezes qdo isso acontece enquanto digito um e-mail erro nos dedos e envio o diabo antes mesmo do inferno ficar pronto. sempre me emputeço com isso. Dividir em dois uma mensagem que deveria ser única por pressa ou descontrole dos dedos torna-se um infortúnio no momento em que sinto uma pausa sofrida no meu número de tap writing.

E assim saio largando dedos pra todas as teclas e erros pra todos os gostos e inventando palavras ou parcas rimas pra qq olho ensaiar um tom e encontrar um ritmo. Dessa forma desgovernada acabo, perdido nos fios de meadas distintas, encontrando uma razão pela qual - se não razão pelo menos uma pista - me encontro tão amargurado e desconsertado ou desconfortável com minha vida naquele momento. E não entendam aqui como desconfortável, um sentimento relativo a causas sociais e opressões capitalistas. Não estamos, eu e meus pensamentos, pretendendo entrar num mérito que não me cabe pelas horas de vôo que ainda não tenho pra esse tipo de reflexão pública. Não há de se dizer que não tenho idade pra pensar criticamente sobre esses assuntos, qualquer ser pensante deveria ter sua linguagem pra lidar com isso, mas digo apenas que não é o caso de vir aqui no blog, nesses desenfreados devaneios, a essa altura do campeonato discorrer sobre algo que vcs podem achar melhor argumentado em livros de profissionais que resolveram dedicar um cadinho mais de organização e tempo pro assunto.

Mas enfim (sempre preciso dessas muletas expressionais como enfim e então ou Bom, voltando… e bem amigos da rede globo, OPS! essa eu não uso.. ehhe pra resgatar o pensamento de um ponto que já fora cuspido no texto antes, ou pra correr pelo atalho que vai me levar a um pensamento mais coerente (really?) com o que quero dizer, mesmo sem saber se estou de fato querendo dizer algo. mas sempre há o risco de estar digitando o pior texto do mundo, enfim(again) entendam essas muletas como foward and rewind nos meus fuzzy thoughts) o que percebo enquanto digito freneticamente nesse exato momento é quê (ops, se percebo enquanto digito, talvez haja filtro e paralelismo nessas pontes loucas que me levam a abrir uma torneira pro que me aflige e ao mesmo tempo poder olhar isso como se não viesse do meu próprio cérebro - estranho como acabo de fazer duas análises mentais. A primeira é que meu hábito de digitar freneticamente se compara e talvez até se iguale (não pela freqüência, I KNOW ao hábito que minha irmã tem de falar mto e mto rápido, quase sem pausa pro ar, just like me typing here) e a segunda é ver como erro pouca*(p.s. em relação a quantidade de palavras no texto) coisa ao digitar e meu bloco de notas corrige a maioria dos erros no automático o que me levou a pensar, GOD!, como meu cérebro reconhece que tais movimentos dos meus dedos representam um sinal gráfico através do qual posso formar palavras e traduzir pensamentos??? COMOOOO??? treino? condicionamento? concentração? sei lá… já em acostumei com isso né?! aprendi a falar com os dedos…- bom…. time to go back.)

Como eu achei que estava começando a dizer, me levei-me a mim mesmo (como mal diriam alguns personagens caricatos da nossa dramaturgia brasileira, ou simplesmente como diria qualquer um que já se alimentou dessa dramaturgia e que gostaria de empregar uma puta redundância hiperbólica) a uma conclusão que por hora me basta e me faz querer descansar um pouco esse dedos fatigados(detalhe que não digito com todos, só uso basicamente os indicadores, polegares e dedos médios.).

Concluo depois de uma boa pausa pro bocejo e pro gracejo de esfregar com força os olhos sonolentos, que meu atual problema, minha já dita aflição desses dias vem de uma incapacidade de acompanhar a vida como deveria. De uma lerdeza crônica talvez nascida de uma fraqueza de vontades e objetivos para acompanhar o mundo, para registrar de tudo um pouco, ou de tudo muito.

Mal tenho lido minhas revistas, do jornal de domingo só sinto o cheiro quase que de mês em mês, mal consigo acompanhar o número de abas que abro no navegador. Cultivo umas 45 por uma semana antes de me enfurecer por não achar qual é a aba do meu e-mail e guardar todas numa pasta de favoritos sem ter de fato olhado nem 40% delas.
Se o mundo tem se mostrado farto de estímulos, eu tenho tido pouca fome pra eles.
Talvez por isso minha fome por comida de verdade tenha aumentado consideravelmente nos últimos meses me levando a ganhar uns quase 7 quilos e uma leve gastrite que me perturba toda hora com a fatídica sensação de vazio mesmo num pós PF daqueles de colocar inveja no Everest.

De fato me tem faltado paladar pra esse mundo.
Nada tem tido uma cor tão deslumbrante que minha memória não desbanque logo de cara.
Nada tem brilhado tanto que uma piscadinha não apague a luz.
Nada tem soado tão bem aos meus ouvidos que me faça levantar pra dançar…. aliás, música é uma coisa que tenho ouvido pouco… muito pouco. (nota mental: reconsiderar a presença de caixas de som no banheiro pra plugar o mini shuffle DJ.)

Ainda em tempo… aos poucos voltei a rabiscar e a sonhar.
Sonhos bons e rabiscos infinitos.
Tenho pensado tb em voltar a cozinhar com gosto pra alimentar meu tempo.
Engraçado pensar que talvez esse estranho amor que por vezes sufoco embaixo das palmilhas que piso, quando se mostra sorridente, mesmo que nunca correspondido, me põe vontades na cara e me faz ver que talvez eu tenha sido preguiçoso e 33 rotações demais pra esse mundo tão fascinante.
Não sei dizer quanto durou ou ainda vai durar esse break, mas parece que o dia tá nascendo de novo, feliz e voraz como meus mais saudosos momentos de atividade cerebral.
Toco sempre nele, o cérebro, pq vc já pensou em como uma voz vira um impulso elétrico, é gravada num arquivo, queimada numa mídia que quando tocada, produz voz(onda sonora) de novo num fone de ouvido ou caixa de som?
Pois bem, meu bem, esse mundão todo que vc acha que conhece, na verdade é mundo que vira impulso elétrico no seu corpo que vira mundo de novo quando seu cérebro acha que deve virar, e do jeitinho que ele acha que deve, com todas as relações e relativizações que sua bagagem e imaginação permitirem, isso se o radinho não tiver com defeito, né?
Daí… danou-se!! =)
Num radinho com defeito, clássico vira barulho e chiadeira pode soar como Lady gaga…. depende de quem produz, depende de quem ouve, lado gaga tb pode ser vivaldi, ou richard clayderman(é assim que escreve?)

E vc, já visitou seu passado hoje?
Como vai esse acúmulo?
Se existisse um activia mental, esse blog certamente seria o meu!
Findo aqui essa visita a minha amalucada caixola, através do pior texto jamais escrito nesse mundo! ¬¬¬

2 commentaires:

  1. Nicolas Rodriguesjuin 07, 2010 5:31 PM

    "Se o mundo tem se mostrado farto de estímulos eu tenho tido pouca fome pra eles"

    Te coneheci bem pouco... mas o pouco que acompanho suas produções, me surpreende o quanto compartilho dos seus desenfreados devaneios.

    Escrevo algumas coisas em matizes muito parecidos... qq hora, se quiser, eu te mostro!

    Um grande beijo, e que o tempo se encarregue de nos dar a medida!

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  2. Não fala isso de sua 'cria'(sorrio).
    Boa semana.
    Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com

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