dimanche 4 décembre 2011

reflexos de um outro :)(: ortuo mu ed soxelfer


de que adiantaria uma existência sem arte no olhar?
sem a parte do amar?

somos a metafisica de um corpo real e imaginado em constante simbiose sensível com o áspero surreal em que nos encaixamos.
tudo pré-fabricado ou artesanal que nos cerca, ganha sentido pelos nosso imaginário.

do flerte ao adoro ver-te verde ou verde flerte, só somos quando o ingrediente extra do olhar amaciadamente imaginativo está presente.
ousaria até dizer que está no comando.
Como repito pra mim, e recordo-me que falo isso desde sempre(veja bem, sempre é muito, mas digo sempre porque minha memória não vai tão longe, e mesmo que fosse, talvez sentisse a presença dessa filosofia do olhar na mais antiga memória que conseguisse alcançar.) não nos relacionamos com o mundo de maneira direta, mas através de lentes ora coloridas, ora cinzas. Lentes da sensibilidade.
Alguns apenas possuem lentes cartesianas, com um cruel grid que pifa ao menor desalinho dos planetas, suponho eu.

Mas estava dizendo sobre nossa incrível coleção de lentes, sempre enriquecidas pelas trocas culturais, guturais e audazes com os outros ou outros mundos. (configurando aqui "outro mundo" qualquer esquina desconhecida a 500m ou dois passos de onde transitamos com maestria - e vale ressaltar que mesmo a transitação repetida milhões de dias nas últimas memórias que consigo acessar, ainda não consigo atingir a destreza necessária à maestria na maior parte desses chãos cujos centímetros, por milhas acumuladas, deveriam ser íntimos dos meus pés, os dois.)

Somos nós + todo o resto. em nós reside a capacidade de criar, em todo o resto vemos a multiplicação falha e obtusa de metafóricos cacos de tudo que os outros criaram, hoje e no sempre que nos precedeu.

m`invade a angústia da lama copy+paste em que nos encontramos nessa época { séc XXI - 2011 - virtualização da sociedade e de sua compreensão enquanto múltipla e povoada - revolução tecnológica midiática } de transformações competindo com os velocistas mais cruéis que habitam as savanas africanas e os trens mais inacreditáveis produzidos em terras cujas mentes coexistem em crânios de olhos puxados.

porém também me trago à luz do pensamento uma vaga idéia de que essa sensação possa ter habitado qualquer outra cabeça de outro tempo civilizado, por achar que por não conseguirmos(nós, raça humana, since the beggining) adivinhar o que vem pela frente, ora pois, não concordas que agora sempre alcança o ponto mais alto do termômetro? E a sucessão de 'agoras' que sempre batem recordes nos levam a aumentar cada vez mais esse termômetro, implodindo assim as verdades medrosas de um futuro impossível e os recalcados olhares pr'um passado que  sempre parece menos, pobre, lento e (complete comigo) desaturado e enfadonho?!

olhamos par tras e vemos poeira e cores de outrora que nunca encontramos no hoje, a menos que se use filtros instagrâmicos.

Pense na cozinha de sua casa d'infância e me diga se o bege envelhecido e toalhas amareladas não pintaram sua memória?
E a luz, sempre solar, sempre difusa, sempre com um leve toque de fog londrino ou centrão do rio antigo na rua bater street(redundância que irrita o bilíngue e passa batido pela santa ignorância) do romance do jô?

perdido como no costume antigo que já não me habitava há tempos, o fio trançou idéias que não dançavam no móbile das sinapses quando iniciei esse texto.
pois perdoe-me. perco-me mais a cada irritante alteração automática que esse corretor de línguas impulsivo e mortífero faz quando escrevo algo que não existe ou palavra que ele julga melhor com outra grafia(e significado, que fique claro!) ou até outra língua.
Vejam vocês que pus a rir de nervoso e socar o teclado ao ver que esta bela merda de corretor do Editor de Texto da apple transformou meu SOMOS em SOMMO. Que diabos é SOMMO? italiano, talvez? Como meu sobrenome? Hum… quem terá configurado esta merda para ser poliglota e adequar qualquer junção de caracteres ao seu bel-prazer?

pois somos reféns dessas tecnologias pq assim nos colocamos.

Poderia escrever este texto em bom papel com esferográfica de tinta azul furta-cor brilhante para depois divulga-lo às portas de centros culturais em mal xerocadas folhas de sulfite amarelo.
mas não. Não vivo sem um bom batuque-macumbeiro num teclado incapaz de me responder sozinho.
=/

é a vida segue.
Como deve.
Com brilho no olhar(nem sempre, mas quando dá.)
Com imaginação nos óculos de formatos inacreditáveis.

uma pausa - minha geladeira faz barulhos bizarros. Volto já.

barulhos inexplicáveis ao simples mortal que tortura esse teclado e seus olhos checado, posso prosseguir rumo ao desconhecido.
será mesmo desconhecido?

quantas vezes não passei por esse mesmo meaningless  blá blá blá?

 - sei lá! é pra chegar a um número como resposta? HAHA ¬¬! go to hell!

time to stop!

i`m feeling so boring! 
so not imaginative!
no not a special little monster genius! ou seria genius monster?

Sei lá.

Deixe a conta do oculista sobre a mesa e saia sem bater a porta com muita força.

see you later, akinator. hehe

hope this state of mind lasts forever. or at least until tomorrow.

à bientôt!

1 commentaire:

  1. aposto que poucas pessoas fazem ideia do quão bizarramente acertado foi isso que você falou. não sei como achei esse blog, não sei como acabei lendo esse texto, não sei por que você publicou ele às 2:04 do dia 4/12/11, realmente imagino o porquê. sei que hoje foi você quem me salvou; o que você escreveu, me deu o que eu preciso de verdade e beleza pra seguir achando que a vida vale a pena - e encontrar isso em alguem que escreve em pleno século do cu, abisma chocando. e é prosa pintada, é cinema, é ideia e imagem, até olfato em algumas horas. nao vou comentar o texto em si porque ainda é cedo.

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