dimanche 28 octobre 2007

um

vivemos vidas tão grandes em momentos tão curtos!
um dia, uma emoção, uma ansiedade, de outrora, porém única.
sempre únicos os momentos que compõem o filme, como os frames que compõem a vida.
os dias e as pessoas, únicas! conhecemos tantas pessoas e aproveitamos tão pouca gente!
reunir sempre é bom, sempre nostálgico e mágico.
é como unir ingredientes de uma receita! costuramos pensamentos, idéias e lembranças dos tempos que passamos, costuramos pessoas, conhecidos de terceiros, com conhecidos de segundas e quartas-feiras. colamos histórias e cozemos retalhos e juntos aprimoramos o maquinário, perpetuamos as relações e mantemos a coisa girando, o mundo funcionando.
Como medir uma vida, sem lembrar que tudo aconteceu inúmeras vezes? e sem esquecer de um quinto de cada segundo que foi sorrido, ou chorado, esperado, banido e retratado.
o dia nasce, o sol desaparece e o ano corre, tanto quanto os velocistas em suas vidas com 18 marchas, com freios e receios a cada desvio, mistérios a cada curva e hipóteses a cada intrépida parada, que mesmo necessária não faz o mundo cessar de viver, de rodar e de ser uma unidade de cada vez. a flor despetala em unidades, como a chuva em pingos, o mar nasce em rios, a terra com seus cascalhos e os pensamentos com esquecimentos do pouco que percebemos de tudo que nos cruzou os olhos.
pouco vemos senão aquilo que nos é familiar diante dos olhos.
pouco percebemos de novo daquele que nos fita todo dia e se mostra parecido sempre, mas recheado de nuances quase nunca destacadas.
mas as unicidades e unidades estão aí para serem vividas e sentidas e analisadas e computadas, registradas e devoradas como um grão de cada vez, uma garfada depois da outra, um beijo, um amor, uma foda, um clique, um sorriso e uma lágrima. tudo vem em unidades, nem sempre homeopáticas.
só nos resta escolher o tamanho do conta-gotas,
a unidade de medida,
a face do escalímetro,
a altura do pulo,
o sentido da vida,
a envergadura do trampolim,
a hora da morte.

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