dimanche 21 octobre 2007

malconhecidos: até quando?




para onde vai tudo aquilo que não falamos?
tudo que varremos pro canto de um olhar intimado a piscar? pra baixo de um sorriso meio sem graça?
onde acumulam-se os secret.hearts incapazes do menor sussurro ao pé do ouvido d'aquele que parece distante mas que por dentro deve se inflamar em pensamentos tão desejosos quanto os meus, ou os de quem nunca ousa avançar?

os olhos se cruzam entre palavras banais, os dedos se contorcem nas asas da xícara e no pote sobre a mesa, enquanto alguns sorrisos brotam na presença de terceiros, e sem dar bandeira tentam se corresponder. tudo não passa de ilusão, de vontade, de representação, ou interpretação de sinais que somem, se perdem entre desejos, medos e receios de que tudo não passe de uma via de mão única, de um coração em brados e outro em brandos tu-tuns. quem guardará o portão de tal cemitério, onde residem as fetais palavras malpronunciadas em pensamentos malvarridos?

1 commentaire:

  1. Sabe que me sinto até envergonhada de deixar um recado num lugar de tanta expressão? Como vc consegue transferir pro "papel" tanta emoção? Mto melhor que Shakespeare!
    Tudo o que vc escreve me faz refletir demais! E é tão nobre!
    Te amo demais!!

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