samedi 29 août 2009

adoro fotos felizes de pessoas vazias.
entendam por vazias as pessoas cuja história desconheço.
são vazias para mim, felizes para a foto.

adoro fotos vazias de pessoas e felizes pelo lugar, que nunca é vazio.
ou às vezes é tão cheio de propriedades que quase se torna vazio.
tamanhas são suas possibilidades de locação.

adoro fotos.
adoro pessoas.
adoro lugares.

pena que as fotos ñ ganham os movimentos dos vídeos,
pena que vídeos não são work in progress como a vida.
felizes das pessoas que congelam etapas de um processo,
em vez de prender o processo no desgelo lento da memória.
felizes dos lugares que comportam tais pessoas.
ou não.

todo ser é um processo.
como tal deveria recusar-se à repetição exaustiva sem fundamento no prazer da realização.
todo lar comportador desse processo de ser, deve também poder acompanhar tais movimentos.
somente à revelia da própria vontade, é que o ser desprende-se do prazer enquanto motivo central da pertinácia que nos permitiria a recusa da repetição. a morte da descoberta. a reverência do acaso esporádico e programado enquanto sonho vespertino num amontoado de gente que age como submersos(num sistema) aguardando um segundo de respiro à superfície.
como se o acaso figurasse igual em dois filmes de metragem mto distintas.

pq sempre "no fim da avenida, existe uma chance, uma sorte, uma nova saída".
como brilhantemente cantou rita.




"eu não tenho nada pra dizer, por isso digo...
eu não tenho hora pra morrer, por isso sonho."

mardi 11 août 2009

aventureiro

Sua vida é norteada pela emoção. Você parece ser do tipo que gosta de praticar esportes, de viajar, de viver experiências sempre 'lá fora'. Por isso, não costuma ficar preso a lugares - o que inclui seu quarto. Apesar disso, é nele onde guarda as recordações dessas 'experiências'.


Foi o que disse o teste do site: http://istoe.terra.com.br/istoedinamica/testesenquetes/testequarto/quarto.swf

jeudi 6 août 2009

hoje.

perdi a hora,
perdi a reunião.
vi 6 exposições,
comi delícias,
joguei na mega sena,
quebrei meu mouse e...





acertei na mega sena! o último dos números.
seus algarismos somam 11 unidades.
isso foi só a primeira bolinha de uma série de mil tacadas para mil copinhos plásticos.

também viajei, boiei e me perdi e me achei num monte de palavras mal pronunciadas acerca de evolução, genética, inutilidade e criatividade.
foi bom, mas poderia ter sido + curto.

ainda subi minha íngreme rua pensando sobre a comunicação, de massa?, para massa?, setorizada em notícias, caixas falantes, aparelhos frios de última geração que ao longo desse século nos calaram diante dos desconhecidos contares de causos que nos transitam as células fotossensíveis do globo ocular mil vezes ao segundo, mil segundos por dia.

pensei durante a viagem de 996 de volta pra casa em surtar, levantar no meio do ônibus em movimento e me oferecer para ouvir e contar histórias.
Estava precisando de diálogo, de ouvidos, de contato. Irônico como mais tarde, ao descer do ônibus e entrar numa farmácia para fugir de um assalto, saí de lá com um pacote de cotonete.
Acho que o mundo anda precisando muito desse artefato, pra ver se desentope as idéias.

Fiz tudo isso em alternância com as piores dores, pontadas e otras cositas más de cabeça que já senti na vida.
Será esse inferno compressor de crânios, um princípio de enxaqueca?
toMari que non.