Será um min´usculo passo para humanidade, mas um enorme passo para o homem q pretendo ser.Quero instituir 2009 como o ano das viagens.Não sei como vai ser, mas em 2009 pretendo reforçar o ninho pra sair voando por mais tempo. Quero girar com a terra, sem afrouxar as raízes q conquistei aqui. Não quero fracionar, quero agregar, sabe?Viagens, desejos, sonhos q não podem mais ser adiados.Posso começar pelo Brasil, viagens curtas, fotos, trabalhos artesanais, um adendo de vida portátil nas costas e asas de pégaso nos pés.Cabeça no vento, brincando com tempo e descobrindo o mto q há fora do meu umbigo. Acho q to precisando me dar essa prosopopéia de presente, pregar essa possibilidade diante do meu nariz e sair em busca dessa realização.
p.s.começarei o ano numa viagem. =]
samedi 27 décembre 2008
to carecendo de um amor que seja de livro, ou da esquina. tenho esperado o despertador não sei para que horas programei nem ao menos lembro em que tempo parei, me recostei e desisti. sonhos, vivacidade, sorrisos, amizade tudo parece perdido, distante, dissonante. Me perdi no epicentro do furacão. Minha vida gira espiral acima enquanto permaneço inerte sem fôlego soprando os móbiles de lembranças que rodopiam e sobem, se afastam e desgastam, perdem o cheiro, o gosto e por último a forma. lembranças amorfas me amordaçam o pavor, me inibem o suspiro daquilo que nem ao menos reconheço como motivo para tanto drama. Perdi a mão da vida, esqueci de virar a esquina e m`esqueci de amar a mim mesmo, exatamente assim, com todas as redundâncias, exageros, petulâncias e egocentricidades com que costumava me velar n`outros tempos. M`esqueci mesquinho no canto de um quadro negro a bater com apagador na parede e a respirar pó de giz sem parar. M`esqueci de virar e continuar a rabiscar no quadro. m`esqueci como se empunha um giz, como se pula para alcançar o ponto mais alto da lousa, como se usa o canto almofadado da mão para pequenos reparos no traço e no contexto. Perdi-me na nuvem branca, no canto frio, na lua nova e na morte lenta. despistei os sonhos, reprovei prazeres, troquei as fechaduras e me mandei pr`outro lado da rua. Me sentei na calçada, sem caneca, sem moedas, sem cãozinho e sem bengala. à espera de mim mesmo. aguardando a melodia insistente do despertador cuja hora programada para me achar, eu desconheço.