mudo
que não faltem energia, vontade e impulso para que mudanças ventem em mim e no calendário troncho por onde passeio!!
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Acho que nasci(emos) na época da construção dos conglomerados.
Dois gráficos deste link (que me despertou todo esse arranjo a seguir) mostram movimentações de 80 e 90 pra cá.
Acho que nasci(emos) na época da construção dos conglomerados.
Dois gráficos mostram movimentações de 80 e 90 pra cá.
É muita discussão, ensino e aprendizado, venda de livros, buscas incansáveis sobre como VENCER A CONCORRÊNCIA, enterrar o adversário ou FUNDIR e DOBRAR OS LUCROS.
Quem tem tempo de plantar, criar, construir com as mãos, compartilhar quando trabalha pra comprar? e pra comprar o seu!? pra si? Quem quer tempo pra isso, pra si, pros outros, se a troca for por um menor poder de compra?
Não compramos nada além de ilusão.
"The Illusion of Choice"
Isso me fez lembrar o cancelado seriado Touch e sua ilustração de uma mega empresa que raptava 'inteligências' pra dominar o mercado através da descoberta de um algoritmo 'sagrado' capaz de prever padrões comportamentais, econômicos (o futuro) ou algo desse tipo. Era citado como a sequência de Deus.
E o que fazemos online senão fornecer dados de consumo, interesses, expectativas, em suma comportamentos de quem trabalha pra comprar!?
Quando vc escolhe uma carreira, uma graduação, uma visão política, quando você escolhe um produto, vc é uma célula de atuação econômica, social e política. Parece tão claro que não entendo quando alguém se faz de rogado.
A ignorância é benção mesmo, pra quem tem medo de se ver fora do controle da própria vida.
No hay banda. No hay controle.
Eu, como qualquer outro, anseio pelo consumo, seja de um produto físico, de uma ideia, de um ideal, de um estilo de vida, de um pedaço de tempo/espaço/ações pra chamar de meu.
Passar pela vida sem fazer cosquinha no mundo certamente não é passar pelo mundo sem ser atados em algumas cordas, sem receber alguma atenção das estatísticas.
Sabe o jargão :você não está preso no trânsito, você é o trânsito!: Então...
Não há sistema! Você é o sistema. Peça fundamental de um arranjo 'impossível' de se enxergar macroscopicamente, 'impossível' de entender microscopicamente.
Enquanto isso vivemos em busca de prazeres e entretenimento. Um preenchimento anestesiante dos dias. Algo que faça valer a pena as suadas horas em que nossa bunda fica sentada trabalhando pelo dinheiro que cairá no fim do mês.
é mta paranóia? sei lá. Mas não há outro mundo, né?
Isso me lembra da incrível Besta é tu dos Novos Baianos (de refrão martelante e cadência sensual que pergunta fazendo carinho de pena que sacode o corpo - Porque não viver? / Não viver esse mundo / Porque não viver? / Se não há outro mundo / Porque não viver? / Não viver OUTRO mundo...)
E da felicidade proporcionada pela interação social/afetiva com alguns poucos que vão cruzando meu caminho, (ultimamente e) quase sempre através de um bom lubrificante social alcóolico e gelado!
Afinal, o que servem as mesas de bar, senão pra discutir visões de mundo?
O que acham? Quem topa uma gelada pra falar mais do assunto?
Postado por
robson.junior
em
1:48 AM
é um medo grande
é um dissabor da vidadulta
é um remelexo d'outrém, d'outrora, d`amém.
um descompasso no peito, na alma.
uma concentração desconcentrada de atos, de afogados
de tanto que o fôlego falta.
é um sabe-seláoquê que trança os sentidos
me tirando o sentir.
uma suspensão de ar pelos rins, fígado, intestinos.
uma suspeita que tudo dará errado,
ainda que calce os sapatos que dançam.
é um passo que parece falso, tendencioso.
uma quimera quebrada, um encanto rogado
uma macumba que chutei no sonho
e respingou deixando rastros.
o tremelique que entremeia os pensamentos
disfarça os olhos num perdido sem volta,
revela um lado escuro, ainda sem forma.
é um caco que entrou no punho
uma farpa no pé e uma choradeira
que de entalada sai em latas.
são lágrimas estúpidas,
salgadas, salmoura d`alma
sem restos ou diafragmáticas.
são dedos perdidos,
são perdas que ainda
não sei contar nos dedos.
os ônus parecem afastar
um possível b inicial
de bosta posta à prova.
é a bala que não passou
por mim, mas me atingiu.
achada por cliques, sentida no arrepio dos pelos.
é um peloamordedeus que não quero gritar
ou quero?
é aquela sensação de que ela
a vida, não dá pontos, só nós.
é a cegueira da má gestão de ideias.
é a surdez da inocência rasgada
é o tremor do errante sem estratégias
o arrepio frio de narinas incendiadas
pela liquidez do tempo mau marcado.
é a falta de ritmo na bateria do pulso
a nuca travada pela covardia
o formigamento da pura preguiça
química que amolece
corpo que adoece.
é o calcanhar que teme a falta de chão
o salto que quebra sem humor
o riso nervoso de quem estupidamente
não entende mais porque está aqui
ou porque as coisas estão como estão.
é o desmemoriado que nunca leu
nunca soube, nunca quis saber.
é o mais puro pesar
sobre ombros que não se crêem fortes.
é a falta de crença no hoje
a falta de abstração pro amanhã
é a falta de ontem.
é o véu de toneladas
o cílio de chumbo
o lábio de cola
é uma sensação ruim
descrente da ação
descrente do dentro
descrente que haja
um fora habitável
ou um qualquermerda no comando.
é a ressaca de uma vida
cuja redoma descobriu-se
quebrável
insustentável
imóvel
ingrata.
--
é a sensação inegável de que fiquei mais burro, ou me mantive sempre burro.sempre afagado por objetos frios. sempre inculto, soberbo, sobrevivendo de uma subvida.
a sensação de que não fedo, não cheiro, não participo, não compartilho de uma ideação comprada por mim mesmo de como as coisas deveriam e poderiam ser.
é um pânico da falta de números nas correntes que dizem fazer contas.
o pânico do sinal de subtração, que subtrai esperanças, atrai pesadelos, acorrenta os punhos aos olhos me fazendo apenas crer, idiotamente, que valores apenas significam algarismos.
é um enxame de badkarmas alagando um copo
que pesa quanto mais seguro
com braço estendido
e mente rendida.
é um fundo do poço que não acalenta
que não me comporta
que não posso me aconchegar jamais.
acorda do breu mente insana jogada às traças dos olhos alheios!
acorda jocosa e bem humorada, peloamordedeus que amanhã é a segunda dos quase trinta
e ainda quero ver as terças dos 40 e os domingos em que meu joelho só fará doer.
acorda que tudo pode ser simples
se eu virar o copo e ligar o foda-se.
--
'só vivemos uma vez…
quantas chances teremos?'
Postado por
robson.junior
em
3:32 AM